Para obter quórum, Governo estimula até mesmo presença de indecisos e oposição

  • Por Jovem Pan
  • 01/08/2017 08h31
SAO007. SAO PAULO (BRASIL), 04/04/2017-. El presidente de Brasil, Michel Temer, habla hoy, martes 4 de abril de 2017, durante el Fórum Global de la Infancia, una iniciativa que llega por primera a Sudamérica, en el marco de la visita oficial de los reyes de Suecia a Sao Paulo (Brasil). Los monarcas suecos, Carlos XVI Gustavo y Silvia, quienes se encuentran en una visita oficial en Brasil, continuarán su agenda mañana con una visita al Centro de Proyectos y Desarrollo de los cazas modelo Gripen en el municipio de Gavião Peixoto. EFE/FERNANDO BIZERRA JR EFE/FERNANDO BIZERRA JR O Governo precisa de 342 deputados para iniciar a votação, e a base acredita que de 200 a 215 deputados devem votar a favor do peemedebista

Ainda não é possível cravar, mas a situação às vésperas da votação da denúncia contra Michel Temer no plenário da Câmara é paradoxal. O Governo começa a estimular a presença de indecisos e deputados contrários ao presidente de modo a garantir quórum nesta quarta-feira (02).

Certo de que não haverá 342 votos para que a denúncia seja analisada pelo Supremo, o Governo já pede a presença de todos os deputados. Líderes governistas pedem a deputados que ameaçavam uma ausência a marcar presença, mas declarar abstenção na hora de votarem.

A intenção de Temer é colocar entre 290 e 300 deputados em plenário e constranger a oposição a marcar presença, conquistando assim o número mínimo para a votação.

O Governo precisa de 342 deputados para iniciar a votação, e a base acredita que de 200 a 215 deputados devem votar a favor do peemedebista.

O presidente tem nesta terça-feira (01) um almoço com os representantes das bancadas da Bala, do Boi e da Bíblia, onde estão muitos dos deputados indecisos. A intenção é que os deputados ao menos compareçam para votar.

Influência de Janot?

Ao referendar e reiterar o pedido de prisão de Aécio Neves, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse que a manutenção do político no cargo é prejudicial às investigações. Janot entendeu, por exemplo, que o jantar entre Temer e Aécio no final de semana influenciaria nos votos do PSDB a favor de Temer no plenário.

Mas ainda há a crítica de que Janot atua de forma política e isso criou uma certa “solidariedade” em relação ao presidente. Foi ação para influir na denúncia, mas o efeito parece ter saído pela culatra.

Assista ao comentário completo de Vera Magalhães:

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