Vera: Aprovação do pacote de reformas depende de articulação do governo
A aprovação do novo pacote de reformas apresentado nesta terça-feira (5) pelo governo federal ao Congresso Nacional ainda é uma incógnita. Isso porque, apesar de sabermos que elas promovem alterações profundas e ambiciosas na estrutura do Estado – mexem, por exemplo, nas carreiras e na estabilidade dos servidores que entrarão no serviço público; na estrutura do orçamento, criando mecanismos de controle de gastos, com gatilhos de controle em caso de descontrole fiscal e no pacto federativo – os textos ainda não foram esmiuçados.
Sabe-se, até agora, pouca coisa além dos temas: há pelo menos uma medida vista como ‘bode na sala’, que foi enviada, mas provavelmente não será aprovada – da extinção de municípios com menos de 5 mil habitantes – e outras que são prioridade, como a que impede o governo de infringir a regra de ouro. Como são muitas, a expectativa é que as mais urgentes sejam retiradas e votadas de forma separada ainda neste ano e as outras fiquem para o ano que vem.
Justamente por ser tão ambicioso e profundo, o sucesso pacote vai depender muito da articulação do governo – e principalmente do ministro da Economia, Paulo Guedes, que, após a experiência com a reforma da Previdência, parece ter aprendido a manter boas relações com o Congresso . Nesta quarta-feira (6) mesmo, por exemplo, ele vai se encontrar com o presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e outros senadores, para explicar as propostas enviadas.
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