Vera: Em próximos discursos, Lula deve continuar investindo no caos

  • Por Jovem Pan
  • 22/11/2019 08h36 - Atualizado em 22/11/2019 08h53
Ricardo Stuckert/PT/Twitter Fotografia de Lula cercado de apoiadores Ex-presidente escolheu a política econômica de Guedes e Bolsonaro como maior contraponto

O sétimo Congresso Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) acontece a partir desta sexta-feira (22), em São Paulo, e tem o ex-presidente Lula, recém-saído da prisão, como estrela principal. Para o discurso de hoje e para os próximos, o petista deve continuar a usar o tom raivoso que tem adotado desde que foi solto, de radicalização.

Desde sua primeira fala, ainda em frente à sede da Polícia Federal (PF) de Curitiba, o ex-presidente escolheu o ministro da Economia, Paulo Guedes, como alvo – além de Sergio Moro, que é usado mais para que Lula fale de si mesmo. Isso porque ele tem usado principalmente a política econômica de Jair Bolsonaro para se contrapor ao governo e reinserir o PT no debate nacional – algo que o partido não conseguiu desde o início do ano.

O PT não foi uma voz relevante durante o debate da reforma da Previdência ou de outras medidas tomadas pelo governo Bolsonaro, como a da Liberdade Econômica. Não conseguiu fazer oposição.

Por isso, agora, Lula investe no caos: pediu pelo povo nas ruas, convocou manifestações aos moldes do que está acontecendo no Chile. Tudo isso sem responsabilidade com o debate político, apenas com a intenção de posar de vítima, ignorando tudo o que seu partido fez em termos de corrupção – e que foi escancarado pela Lava Jato – e de má política econômica – que nos inseriu na crise atual.

Além disso, a deputada federal Gleisi Hoffmann deve ser reeleita como presidente do PT, continuando no cargo de porta-voz de tudo o que Lula designar. Assim, enquanto essa dupla estiver dadno as cartas do partido, nada pode-se esperar em termos de autocrítica ou renovação da legenda.

 

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