Vera: Gilmar paralisa investigações contra Flávio após reuniões de Jair Bolsonaro com defesa

  • Por Jovem Pan
  • 01/10/2019 08h25 - Atualizado em 01/10/2019 09h58
Ernesto Rodrigues/Estadão Conteúdo Apesar disso, o presidente nega intervenções no STF

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, já tinha mandado para as investigações sobre o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) no caso Queiroz, e o Gilmar Mendes acolheu um pedido da defesa do filho de Jair Bolsonaro (PSL) de que os processos não tinham parado completamente, que prosseguiram alguns feitos, até mesmo a inclusão de dois habeas corpus por parte da própria defesa de Flávio.

Então, além de mandar parar tudo em decisão do último domingo (29), Mendes também pede que seja oficiado o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), responsável por julgar disciplinarmente procuradores e promotores, para que sejam julgados os procuradores do caso justamente por terem desobedecido aquela ordem inicial do Toffoli. Mendes quer que eles sejam investigados por isso e por terem mandado e-mails para o Coaf pedindo acesso a mais dados de relatórios sobre a movimentação financeira de Fabrício Queiroz e outras pessoas.

Em entrevista ao Estadão, Jair Bolsonaro foi questionado sobre decisões do STF, inclusive aquela da semana passada que pode anular uma série de sentenças da Operação Lava Jato e disse que os poderes têm independência total, que ele não interfere em nada.

A decisão sobre Flávio, no entanto, foi tomada em um dia que Jair Bolsonaro se reuniu três vezes com o advogado do filho, Frederick Wassef, que esteve no Palácio da Alvorada na sexta-feira, sábado e domingo, o que levanta suspeitas de que os poderes agem de forma bastante combinada entre eles.

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