Vera Magalhães: Não faz sentido Bolsonaro transformar os militares em sacos de pancadas

  • Por Jovem Pan
  • 06/05/2019 10h09 - Atualizado em 06/05/2019 10h10
Agência Brasil A ala militar está sob forte ataque da ala olavista do Governo, mas não apenas por ela e também pela família Bolsonaro

Quando foi eleito, Jair Bolsonaro já deixou claro que daria nova proeminência aos militares e isso de fato aconteceu. Militares ocupam vários cargos na Esplanada e no Palácio do Planalto. Há o General Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), General Santos Cruz (Secretaria de Governo) e Rêgo Barros (porta-voz do Governo). Além destes, há outros em cargos de relevância. Ainda tem o vice-presidente, general Hamilton Mourão.

Esta ala está sob forte ataque da ala olavista do Governo, mas não apenas por ela e também pela família Bolsonaro. A começar pelo presidente e seguido por seus filhos. Foi o presidente – ou seu filho Carlos – que aconselhou o general Santos Cruz a fazer estágio em Cuba ou na Coreia do Norte.

A fala é uma reação de uma entrevista de Santos Cruz dada a mim. A declaração foi incidental quando tentou dizer que os debates com Olavo de Carvalho não levam a lugar algum.

A ala bolsonarista/olavista quer que se abram os cofres da publicidade estatal para melhorar a imagem do presidente, e é a isso que o general Santos Cruz resiste. Este é o pano de fundo do virulento ataque contra o general.

Depois de guindar os militares de volta ao primeiro escalão da política, o presidente vai atacá-los a partir da Presidência? Isso ajuda o Governo em alguma coisa? Acho isso suicida e muito perigoso.

Se Bolsonaro perder o aval que tinha junto aos militares, ele vai perder lastro importante no momento em que a reforma da Previdência entra em fase decisiva de discussão.

Confira o comentário completo de Vera Magalhães:

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