Nêumanne comenta se a Copa do Mundo pode ou não influenciar na política
Oh Nêumanne, será que o desastre do Mineirão, que O Globo chamou de Mineirazo, pode ter alguma influência na campanha eleitoral?
É, eu tenho acompanhado algumas digressões a respeito da influência do desastre do Mineirão. 7 X 1 na derrota do Brasil para a Alemanha na eleição de outubro. Há um consenso de que a história das Copas mostra que não há influência da Copa em política. O exemplo clássico, que o Tuta contou em seu livro “Ninguém faz sucesso sozinho” dos cartolas e políticos comemorando o título do Brasil no Maracanã, o Maracanazo em 1950, o Uruguai foi campeão e desmontou tudo, e por ai, tem demonstrado que não há essa influência e a história mostra que não há essa influência.
Agora, a história é saber: A história vale para este ano? Aí é preciso por em questão alguns fatos dessa derrota de terça-feira. Em primeiro lugar, nunca houve uma derrota tão humilhante assim. O Uruguai venceu a seleção que teve uma participação brilhante na Copa de 1950, a seleção brasileira que fez goleadas famosas contra a Espanha, contra a Suécia. A goleada contra a Espanha foi acompanhada por um público no Maracanã cantando a marcha “Touradas em Madri” do João de Barro, mas nunca houve algo tão humilhante, tão vexaminoso, tão acachapante, 7 a 1 para o time da Alemanha em uma semi-final.
Esta é a primeira coisa, a segunda coisa é que nunca houve tanto envolvimento dos políticos na Copa do Mundo, em uma Copa do Mundo no Brasil, quer dizer, o Brasil perdeu de sete em casa e contando também com o desempenho da seleção. Os candidatos todos, de certa forma, se envolveram em uma tentativa de se aproximar do torcedor que também é eleitor para levar vantagem na eleição. Isso pode mudar, pode criar um novo padrão. É o que nós vamos ter que esperar em Outubro. Vamos ver se mantém essa informação de que o desempenho da seleção influencia ou não em uma eleição.
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