465 anos de São Paulo: Fluxo migratório traz sonhos e desejo por oportunidades

  • Por Jovem Pan
  • 22/01/2019 08h26 - Atualizado em 22/01/2019 10h16
Paulo Pinto/Fotos Públicas Paulo Pinto/Fotos Públicas É praticamente impossível caminhar pela cidade sem encontrar alguém que não tenha nascido, de fato, na capital paulista

Dados do IBGE de 2018 apontam que a população da cidade de São Paulo rompeu a barreira das 12 milhões de pessoas. A cidade é a mais populosa do Brasil e, para ser composta ao longo dos séculos, contou com a presença e esforço de muita gente.

É praticamente impossível caminhar pela cidade sem encontrar alguém que não tenha nascido, de fato, na capital paulista. Seja em busca da realização de um sonho, para estudar, trabalhar, ou se reencontrar, muitas pessoas elegem São Paulo como palco dessa aventura de vida.

Dentro do Brasil, o movimento migratório para a maior cidade do País foi muito intenso ao longo dos tempos. Nesse Brasil multifacetado, o fluxo mais forte é o dos nordestinos. A seca e a precariedade de trabalho fez brilhar os olhos de muita gente que via em São Paulo a industrialização e o desenvolvimento.

Há 44 anos, Vicente Nonato da Silva, o Chapéu de Couro, deixou o sertão do Ceará para construir a vida em São Paulo. Ele conta que não teve problemas em se adaptar, afinal tinha um único foco: trabalhar.

Há quase 28 anos mantém um restaurante com a culinária típica de sua terra natal no Centro de Tradições Nordestinas, no bairro do Limão, dividindo com conterrâneos e turistas um pouco de sua vida. No caso do paraibano Valdeir Dedé, a fé o mantém há 11 anos em São Paulo. Nesse tempo formou-se em teologia na PUC e desejava ser padre, até que, na Terra da Garoa, encontrou o amor de sua vida.

A empresária Eliana Rocha não é nordestina, mas para seus negócios, a migração em São Paulo é positiva. Há sete anos ela mantém um empório com produtos típicos nordestinos para que possam matar a saudade das origens.

A porta de entrada para muitos desses migrantes, que outrora foi a estação da Luz, hoje tem dois modais: por terra, ou pelo ar. Mas ainda é na Rodoviária do Tietê, que a maioria dos migrantes tem seu primeiro encontro com São Paulo.

Por lá, todos os meses, 37 mil ônibus chegam de todos os lados carregando as bagagens e sonhos de 950 mil pessoas. Segundo o terminal, a maior parte dos ônibus que desembarcam no Terminal Tietê vem de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco e Ceará.

Isso mostra que São Paulo é a capital fora de casa de muita gente. Novos paulistanos nascidos Brasil afora.

Confira o primeiro capítulo do Especial SP 465 anos aqui.

*Informações do repórter Fernando Martins

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