Apesar da popularização dos cartões, brasileiros não abrem mão do dinheiro vivo

  • Por Jovem Pan
  • 20/07/2018 07h35 - Atualizado em 20/07/2018 07h41
Pixabay Moedas 96% dos cidadãos ainda utilizam notas e moedas para fazer compras ou pagar contas

Pesquisa do Banco Central mostra que 4% dos brasileiros já não usam mais dinheiro vivo para comprar ou pagar contas. Muitas pessoas já não andam com dinheiro na carteira por questão de segurança ou praticidade.

A desenvolvedora de sistemas, Taiane Ribeiro, diz que é mais fácil usar cartões. “É mais prático. Não tenho que ir no banco sacar e é muito mais rápido”, explicou.

Já o dançarino Iuri Marcondes afirma que se atrapalha com o dinheiro vivo. “Não consigo me controlar com dinheiro na mão. Sempre perco ou ele fica esquecido em algum lugar”, revelou.

Apesar dessa percepção, as notas e as moedas ainda são muito importantes para o dia a dia das pessoas. No estudo “O Brasileiro e sua relação com dinheiro”, cerca de mil pessoas contaram as variadas modalidades usadas para quitar as dívidas e comprar produtos.

Ao todo, 96% dos cidadãos ainda utilizam notas e moedas para fazer compras ou pagar contas. O cartão de crédito, utilizado por 52%, superou pela primeira vez o de débito.

Para o chefe adjunto do departamento do meio circulante do Banco Central, Fábio Bollmann, o volume ainda alto de dinheiro vivo usado em transações faz parte da cultura dos brasileiros. “É muito uma questão cultural. Podemos pegar exemplos de dois países ricos europeus que têm comportamentos distintos. A Suécia usa poquissímo dinheiro, enquanto a Alemanha utiliza muito dinheiro em suas transações. Não existe um padrão”, explicou.

Outra questão abordada foi o reconhecimento de elementos de segurança das notas. Os comerciantes estão mais a par dos sinais que aparecem no dinheiro, como marca-d’água, textura das cédulas e fios de segurança. O índice de desconhecimento, porém, ainda é alto, de 26%, o que facilita a circulação de dinheiro falso e outros tipos de fraude.

*Com informações do repórter Matheus Meirelles

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