Barroso diz que maioria dos supostos diálogos não passa de ‘fofoca’

  • Por Jovem Pan
  • 03/08/2019 09h46 - Atualizado em 03/08/2019 10h47
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Fellipe Sampaio/SCO/STF Luís Roberto Barroso Barroso disse que, apesar de todo o "estardalhaço que está sendo feito, nada encobre que a Petrobras foi devastada pela corrupção”

O ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso, disse nesta sexta-feira (2) que “é difícil entender a euforia de muitos setores da sociedade diante dessa fofocada produzida por criminosos.”

Ele se referia aos vazamentos de supostas mensagens atribuídas a autoridades, como o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e procuradores da Lava Jato do Paraná.

Em um evento em São José dos Campos, no interior de São Paulo, Barroso disse que, apesar de todo o “estardalhaço que está sendo feito, nada encobre que a Petrobras foi devastada pela corrupção.”

O ministro também disse que houve “corrupção sistêmica, estrutural e institucionalizada” no Brasil.

Ainda na sexta-feira, o juiz Ricardo Leite, da 10ª Vara Federal em Brasília, determinou que a Polícia Federal encaminhe ao ministro do STF Alexandre de Moraes uma cópia da investigação sobre os ataques feitos pelos hackers.

Na quinta-feira (1), o magistrado pediu acesso aos supostos diálogos vazados do celular de autoridades dentro de um inquérito do próprio Supremo que apura supostas ofensas à corte.

Nesta sexta-feira, no Plenário da Assembleia Legislativa de São Paulo, a deputada estadual Janaína Paschoal, do PSL, criticou o inquérito em andamento no STF.

“O que eu estou dizendo, sem medo de errar, é que nenhuma autoridade pode usar o seu poder para se blindar. E, infelizmente, é isso que está acontecendo no centro do Supremo Tribunal Federal.”

A deputada é coautora de um pedido de impeachment contra o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli, que foi protocolado na última terça-feira (30).

Em relação aos supostos diálogos vazados, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, negou nesta sexta-feira que sofra pressão para afastar o coordenador da Lava Jato do Paraná, Deltan Dallagnol.

Dodge rebateu o jornal Folha de São Paulo que noticiou que ela teria convocado uma reunião de emergência para discutir o afastamento.

Em nota, ela afirmou que “não convocou, nem fez reunião com o propósito de afastar o procurador Deltan Dallagnol de seu ofício ou da Lava Jato.”

*Com informações do repórter Afonso Marangoni

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