‘Chegamos ao limite’, diz ministro da Justiça sobre reajuste de policiais federais

Anderson Torres enviou ao Ministério da Economia propostas para restruturação das carreiras; servidores pedem saída do ministro e aprovam greve

  • Por Jovem Pan
  • 11/05/2022 11h23
Fátima Meira/Futura Press/Estadão Conteúdo Anderson Torres, ministro da Justiça, fala em um púlpito Servidores também querem a renúncia do ministro Anderson Torres

O ministro da Justiça, Anderson Torres, esteve na Comissão de Segurança e Combate ao Crime Organizado da Câmara e falou sobre reajuste salarial de policiais. Durante visita de cortesia ao colegiado, ele apresentaria detalhes sobre as políticas públicas federais relacionadas à segurança, mas acabou sendo sabatinado pelos parlamentares. Com isso, ele confirmou que enviou ao Ministério da Economia as medidas provisórias com proposta para reestruturação das carreiras. “A nossa parte está sendo feita, feita com extremo respeito, de acordo com o que foi conversado e tratado. Tenho meu limite e teto de atribuições. Chegamos no limite, já mostramos a situação. É necessária uma estruturação”, pontuou. O deputado Luiz Miranda protocolou um pedido para que o Ministério da Economia preste esclarecimento sobre os reajustes nas carreiras policiais.

“Está parado lá vou brigar pelos policiais deste país. Quero o ministro da Economia vir aqui dizer que o Orçamento desta Casa aprovado não vale nada”, afirmou o parlamentar. Nessa semana, a Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal aprovou uma greve para a categoria. O início da paralisação não foi definitivo. Os servidores também querem a renúncia do ministro Anderson Torres. Os delegados da Polícia Federal organizam um calendário para paralisações parciais e progressivas. Já no caso do pedido de renúncia, que é delegado da PF, os colegas alegam o desrespeito do presidente da República, Jair Bolsonaro, e do ministro. Os servidores do Banco Central também aprovaram a continuidade da greve por tempo indeterminado. Os funcionários estão paralisados desde 3 de maio. Em nova, a categoria afirmou que a manutenção da greve é por falta de abertura de mesa de negociação e não apresentação de proposta oficial pelo governo federal.

*Com informações da repórter Iasmin Costa

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