Inteligência artificial é tendência de mercado para processos de contratação

Tecnologia é engrenagem do processo e não cabe a ela a decisão final da aprovação do candidato, afirma especialista

  • Por Jovem Pan
  • 04/01/2022 08h36 - Atualizado em 04/01/2022 10h35
Pixabay inteligencia artificial Inteligência artificial já é utilizada em processos seletivos de empresas

No mês passado, o Fórum Econômico Mundial lançou um guia para as empresas querem adotar a inteligência artificial nos seus processos de recrutamento. Em 2015, a Amazon chegou a utilizar a inteligência artificial, mas percebeu que a triagem de currículos estava sendo parcial, já que muito mais homens estavam sendo selecionados para a área de TI. A head de Recursos Humanos (RH) Rosana Daniele Marques utiliza a inteligência artificial pra seleção dos candidatos. Ela fala que muitos deles não gostam de saber que estão em um processo automatizado. “O ponto negativo é que as pessoas, muitas vezes, não sabem exatamente o porquê de terem sido reprovadas. E sem contar também que o processo de aplicação é muito demorado para os candidatos. Existem muitas fichas, muitos itens para serem respondidos, preenchidos, e isso, de certa forma, causa um incômodo muito grande nas pessoas. Elas normalmente não gostam de processos automatizados e, infelizmente, isso é algo que a gente não vai conseguir fugir muito, porque é a tendência mesmo de mercado”, pontuou.

Alisson Souza tem mais de 15 anos de experiência em Tecnologia da Informação e atuou oito deles no segmento de RH. Ele é CEO de uma startup criada com o objetivo de conectar empresas e candidatos por meio da inteligência artificial. Os interessados se candidatam e o robô indica qual deles tem o perfil da vaga oferecida. Alisson conta que a grande facilidade da tecnologia é reduzir o trabalho manual dos recrutadores. “Nós criamos um algoritmo que consegue entender o que as empresas estão buscando em cada uma das vagas que elas abrem, dentro da nossa solução, Cruzar o perfil dos profissionais, seja o currículo ou, agora, até até mesmo o comportamento dessas pessoas, e, junto com isso, entregar esses profissionais já pré-ranqueados, para que as empresas ganhem um pouco mais de celeridade no processo de triagem desses currículos”, afirma. Alisson diz que o robô é só engrenagem do processo e não cabe a ele a decisão final da aprovação do candidato.

*Com informações do repórter Victor Moraes

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