Líder de governo volta a sugerir cancelar reajuste a policiais por fim de mobilização de servidores públicos

Ricardo Barros acredita que não dar aumento a nenhum servidor pode conter a pressão do funcionalismo público

  • Por Jovem Pan
  • 08/01/2022 09h54 - Atualizado em 08/01/2022 09h55
ANTONIO MOLINA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO Líder do governo, Ricardo Barros Líder do governo, Ricardo Barros (PP-PR)

A operação padrão adotada pelos servidores da Receita Federal já provoca grandes filas e atrasos na liberação de cargas nos maiores portos do país, como Porto de Santos, o Porto do Rio de Janeiro e também o Porto de Itajaí, em Santa Catarina. Segundo a Associação Brasileira dos Terminais Retroportuários e das Transportadoras de Contêineres, os auditores estão adotando mais critérios para a conferência das cargas, o que aumenta o tempo para a realização do procedimento. A própria Receita Federal admite que a operação padrão dos auditores está afetando a importação nas alfandegas dos portos e aeroportos do estado do Rio de Janeiro. Os auditores estão liberando somente bens essenciais, mercadorias perecíveis e produtos médicos hospitalares, além dos passageiros.

A paralisação dos auditores da Receita Federal começou em dezembro do ano passado. Eles protestam pela regulamentação de um bônus de eficiência para a categoria e contra a possibilidade de reajuste somente para os policiais federais. O líder do governo na Câmara, o deputado Ricardo Barros (PP-PR), voltou a sugerir que o presidente Jair Bolsonaro (PL) não dê aumento a nenhum servidor, para tentar conter a pressão do funcionalismo público. O governo ainda não fez nenhum gesto significativo para tentar reverter a greve. E já há uma expectativa de que outras categorias também comecem uma paralisação, como a Controladoria Geral da União, os diplomatas, analistas de comércio exterior, o Tesouro Nacional, além da Receita Federal e Auditores do Trabalho.

*Com informações da repórter Iasmin Costa

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