Ministro rebate críticas de especialistas sobre febre amarela: “só falam sobre fato consumado”

  • Por Jovem Pan
  • 29/01/2018 08h38 - Atualizado em 29/01/2018 08h39
Wilson Dias/Agência Brasil Wilson Dias/Agência Brasil "Não tenho nenhum problema com as críticas dos especialistas, até porque eles não escreveram nenhum artigo naquela época falando isso. Eles só falam sobre o fato consumado”, alfinetou

Os constantes casos de febre amarela registrados no País colocaram em xeque as ações do Governo quanto à agilidade para reagir ao vírus. Especialistas apontaram erros como problemas de planejamento, tímida vigilância da cobertura vacinal e falta de senso de urgência diante dos casos.

Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, rebateu as críticas e disse não ter problema com elas. “A vigilância sanitária é dos municípios e Estados e temos acompanhamento. Mas é uma ação conjunta. Vigilância é questão mundial. É um assunto muito técnico e delicado. Não tenho nenhum problema com as críticas dos especialistas, até porque eles não escreveram nenhum artigo naquela época falando isso. Eles só falam sobre o fato consumado”, alfinetou.

O ministro ressaltou ainda que o número de casos e óbitos neste ano são “muito menores” que os do ano passado. “Portanto, medidas tomadas por vigilantes dos Estados envolvidos, como RJ, SP, BA e ES têm serviço bem feito. Estão em conjunto tomando decisões sobre a forma de proteger população sem colocar a população em risco. Já tivemos três mortes por efeitos adversos da vacina. Só se vacina quando há necessidade”, lembrou.

De acordo como o Ministério da Saúde, desde julho do ano passado foram confirmados 130 casos da doença no País. Entretanto, em setembro de 2017 o ministro comunicou o fim do surto da febre amarela.

Sobre a decisão do comunicado, Ricardo Barros foi categórico: “todo ano teremos um número de casos neste período [do ano] e quando temos mais de 60 dias sem nenhum caso, tecnicamente, está encerrado o surto do ano”.

O ministro da Saúde deixou claro ainda que o problema da febre amarela não será sanado de forma definitiva, mas sazonal. “Não vamos resolver problema da febre amarela porque nunca resolvemos e não podemos entrar na mata e matar todos os mosquitos. Temos que controlar o vírus e imunizar a população (…) Nós temos sazonalidade. Todos os anos morrem brasileiros por febre amarela. Desde 1940. Porque ela é endêmica”.

Sobre eventuais desentendimentos com Estados e municípios, como o Estado e a cidade de São Paulo, o ministro negou qualquer problema e ressaltou que foram feitas sucessivas reuniões durante os meses de novembro e dezembro do ano passado para acertar quais medidas seriam tomadas.

Confira a entrevista completa com o ministro da Saúde, Ricardo Barros:

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