Resultados do Enem pedem “ação urgente”, avalia ministro da Educação

  • Por Jovem Pan
  • 05/10/2016 08h02
Brasília - Deputado Mendonça Filho fala sobre decisao do presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão que anula votação do processo de impeachment de Dilma na Câmara (José Cruz/Agência Brasil) José Cruz/Agência Brasil Mendonça Filho

Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, o ministro Mendonça Filho, voltou a defender a reforma no Ensino Médio como modo de melhorar os índices da educação no País.

No Enem 2015, 91% dos colégios públicos ficaram abaixo da média nacional, enquanto na rede privada, 17%. Segundo o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica divulgado no mês passado, quase seis em cada 10 escolas públicas apresentou uma queda na nota do exame em relação ao ano de 2014. Entre as escolas privadas, a queda foi de 53%.

Para Mendonça Filho, o trabalho para melhorar o ensino no País é de “médio e longo prazo”. Segundo o ministro, “o problema não está somente no Ensino Médio, na Educação Infantil ou no Ensino Fundamental”, mas, a partir do Fundamental II começa o acúmulo de maiores problemas.

“Os índices do Ideb mostraram que as metas não foram atingidas. Há a necessidade de mudança no Ensino Médio. É um quadro tão grave que, se não houver ação urgente, clara por parte do poder público, quem vai sofrer ainda mais são os jovens brasileiros renegados a uma educação de baixíssima qualidade”, disse.

A implantação da reforma do Ensino Médio está prevista para ser iniciada em janeiro de 2018, e deve ocorrer de “forma gradual”. O avanço dos sistema também dependerá dos sistemas estaduais de ensino. “Alguns vão avançar em velocidade maior e outros menor, mas a urgência da implantação da reforma está clara e resultados do Enem mostram isso”, destacou.

Drama da educação no País

Na avaliação de Mendonça Filho, a evasão de alunos do Fundamental II e do Ensino Médio, bem como as mazelas de ensino são os principais problemas da educação. A qualidade também foi criticada pelo ministro: “você avaliar o nível de aprednizado do jovem no ensino médio em português e matemática, a evolução foi negativa. Isso é absolutamente inaceitável. Temos que investir para que haja um melhor aprendizado, que passa por mais horas dentro da escola e regime integral”.

Confira a entrevista completa:

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