Sachsida prevê redução do preço da gasolina nos postos em até três dias

Presidente do Sincopetro argumenta que o desconto do preço na bomba ainda depende das distribuidoras

  • Por Jovem Pan
  • 20/07/2022 12h15 - Atualizado em 20/07/2022 12h16
João Carlos Mazella/Fotoarena/Estadão Conteúdo - 25/02/2022 AUMENTO DE GASOLINA Ministro de Minas e Energia cobra Petrobras por redução maior no preço dos combustíveis

A Petrobras informou nesta terça, 19, que reduzirá o preço da gasolina vendido às distribuidoras a partir desta quarta, 20. Segundo a estatal, a redução se justifica pela evolução preços internacionais de referência, que se estabilizaram em um patamar inferior para a gasolina. O valor do litro do combustível vendido às distribuidoras passará de R$ 4,06 para R$ 3,86, uma redução de R$ 0,20 por litro, ou -4,93%. Entretanto, os menores preços ainda não chegaram aos consumidores.

Em entrevista à Voz do Brasil, o ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, disse que a redução dos preços para o consumidor será mais rápida para quem mora nas grandes cidades: “Provavelmente, para quem mora um pouco mais longe, leva uma semana. Mas quem está mais perto de centros maiores em dois ou três dias começam a sentir [a redução dos preços]”.

Em entrevista à Jovem Pan News, o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo (Sincopetro), José Alberto Paiva Gouvêa, disse que o desconto do preço na bomba depende das distribuidoras.”Será que todas as distribuidoras já repassaram a baixa para os postos? Isso ninguém foi ver. Agora, todo mundo viu que alguns postos já repassaram [a redução de preço] do etanol e outros não repassaram. A gente tem que depender da nossa distribuidora”, argumentou.

O diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, Pedro Rodrigues, afirma que o mercado internacional dá sinais de que os preços se manterão estagnados: “Quando a gente tem uma recessão na economia, consequentemente a gente tem uma redução de demanda pelos combustíveis fósseis e o petróleo é um deles. Com essa demanda reduzida a gente tem excesso de oferta e a consequência disso é uma redução de preços. Então a curva de longo prazo do preço do petróleo é para baixo”.

Segundo o levantamento do Ministério de Minas e Energia, a promulgação da PEC das Bondades, que reconhece o estado de emergência para beneficiar incentivos fiscais até o final do ano, em especial para produtores e distribuidores de etanol, deve gerar uma economia de R$ 0,19 no preço de venda na bomba do produto. Até o momento, seis estados já estipularam o teto do ICMS para o etanol em 17%, são eles: São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Goiás, Rio de Janeiro e Santa Catarina.

 *Com informações da repórter Carolina Abelin

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