Com raízes no sertanejo, Junior Lima não escuta o gênero: “só pela relação com meu pai”

  • Por Jovem Pan
  • 03/04/2017 11h58
Johnny Drum/Jovem Pan

Junior Lima começou cedo a sua trajetória artística, enraizado no sertanejo por influência de seu pai, Xororó, da dupla Chitãozinho e Xororó. Com o passar dos anos, ele e a irmã Sandy foram encontrando seus próprios caminhos, deixando para trás o gênero. Ao Morning Show desta segunda-feira (3), o artista revelou que não acompanha o cenário sertanejo atualmente e que seu único vínculo é por conta da relação com seu pai.

“Minha relação ficou muito na infância quando a convivência com meu pai era muito intensa. Hoje em dia é muito pela relação com meu pai. No dia a dia eu não ouço”, contou. Junior falou que apresentou outros gêneros para Xororó, que acabou ampliando os seus horizontes.

“Apresentei Ben Harper e seu gosto acabou se ampliando além do sertanejo. Ele gosta muito de Pink Floyd”, acrescentou.

Mas será que o músico não vê com bons olhos o atual cenário do sertanejo? Para ele, o gênero está ganhando uma solidez no meio do grande apanhado de duplas que surgiram nos últimos anos, ou seja, apenas as boas irão permanecer no gosto do público.

“Eu acho que como todo gênero que tem um momento meteórico, tem a fase de bombar. Com o tempo, dá uma depurada e fica uma galera legal e com uma cena mais sólida. Acho que está entrando nessa zona e estabelecendo esse espaço. Venho de uma época que havia muito preconceito em ouvir a música sertaneja”, explicou.

Segundo plano com Sandy e Junior?

Junior Lima encerrou a sua parceira com Sandy em 2007 e sempre ficou a dúvida de como ele se sentia sobre ser uma sombra de sua irmã. Centrado, ele garantiu que sempre foi bem resolvido com isso por saber da sua importância dentro da dupla.

“Sempre fui bem resolvido com isso. Eu sabia da minha importância na parada, essa parte musical sempre teve grande parte na minha mão. Eu e minha irmã aprendemos a não competir na carreira, em nenhum ponto. Tínhamos os mesmos objetivos no final”, disse.

Após encerrar o projeto com Sandy, Junior passou por outros grupos, até chegar no Manimals. O artista vê que sua experiência ao lado da irmã o ajudou a crescer e o ensinou a trabalhar em conjunto.

“Ela é brava, mas como trabalhamos desde cedo, aprendemos a nos respeitar muito. Não dá para ficar no meio do caminho, ou lida bem ou vai dar merda. Tudo isso foi ensinamento para a vida toda. É sempre com muito respeito e aprendi cedo a trabalhar em conjunto”, concluiu.

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