Educadora questiona medida que muda uso de banheiro em escolas

  • Por Jovem Pan
  • 13/03/2015 11h31
Divulgação

A pedagoga e professora da PUC-SP, Maria Stela Graciani, comentou a mudança do uso de uniformes e banheiros na resolução publicada nesta quinta-feira (12) no Diário Oficial da União. A medida reconhece os direitos de lésbicas, gays, bissexuais, tavestis, transexuais e trangênicos (LGBT) nas instituições de ensino.

Fica estabelecido que os banheiros, vestiários e demais espaços segregados por gênero sejam usados de acordo com a idendidade de gênero de cada um. O mesmo se aplica ao uso de uniformes, caso haja distinção.

Para Maria Stela, isso é positivo para os adolescentes, jovens e adultos, mas que pode ser confuso para as crianças menores. “A resolução não é tão simples quanto parece. Eu tenho a impressão que para a educação infantil essa resolução é um pouco antecipatória na medida que as crianças sequer reconhecem os símbolos masculinos e femininos”, argumenta a educadora. “A criança ainda está em processo de desenvolvimento e em um momento de construção de identidade”.

A professora diz que a resolução é um sinal de avanço das leis, mas que esbarra na evolução da família, da escola e da sociedade. “As próprias famílias ainda não absorveram isso sem o preconceito, estamos num processo de construção, não podemos precipitar as coisas”, afirma.

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