Fafá de Belém celebra estreia no teatro e diz não ter vergonha de ser cantora popular

  • Por Jovem Pan
  • 10/03/2017 12h02
Johnny Drum/Jovem Pan

Fafá de Belém respira e inspira energia positiva. Sempre sorridente e animada, a cantora celebrou a sua estreia no teatro, com o musical “O Homem de La Mancha”, no Morning Show desta sexta-feira (10) e aproveitou para ressaltar o quanto sente orgulho em ser uma artista popular.

“Foi uma estreia confortável, completamente diferente de uma estreia em show. É o primeiro musical que eu faço depois de grande, porque participei de uma quando tinha 16. Nunca imaginei que estaria no ‘O Homem de La Mancha’, mais de 40 anos depois de ter assistido na infância”, disse.

A artista contou que foi muito bem recebida pelo elenco e equipe que fazem funcionar o musical dirigido por Miguel Falabella. Emocionada, Fafá vê algo diferente nessa área do teatro, como se todos fossem uma família, sempre agindo em prol do coletivo.

“Fiquei muito feliz por todos que me acolheram. Tem uma cartela enorme de musicais no Brasil e o lindo desse é a leitura que o Falabella fez dela. É muito rico e brasileiro. A música é muito solitária, vai cada um para um lado. No teatro é diferente, é algo mais coletivo. Ele te abraça e é fantástico. São muito generosos comigo”, afirmou.

Autêntica e politizada

Com 60 anos de idade, Fafá tem uma experiência enorme adquirida durante a vida, passando por momentos distintos do Brasil, como a ditadura militar. Com uma opinião forte, Fafá enfatiza que nunca levantou falsas bandeiras e que sempre foi muito contestadora. Para ela, o lugar que as pessoas ocupam é aquilo que elas acreditam.

Eu me considero uma pessoa que se respeita. Eu nunca pensei em casar, nem quando era criança. Sempre fui contestadora do meu jeito, com muito humor. Sempre entendi que o lugar que ocupamos é o que acreditamos. Nunca fiz o que não acreditava, nunca levantei bandeiras se eu não acreditasse.

Politizada e sem defender lados, a cantora reforçou o discurso do povo brasileiro em favor da Lava Jato, que segundo ela foi a melhor coisa que aconteceu nos últimos 30 anos na política. Ela repreendeu os políticos que levantam bandeiras de democracia e igualdade, mas que desviam milhões para os seus bolsos.

“Não adianta levantar bandeira da democracia e da liberdade se você não respeita os cidadãos. Cada tostão desviado é uma criança que morre, por falta de educação, falta de segurança, falta de moradia. É preciso de uma lavagem grande, o público brasileiro está me orgulhando. Temos a responsabilidade de olhar tudo e votar certo”, cobrou.

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