Flávio Prado se emociona ao relembrar Reali Júnior em "O Juramento": "cheguei a chorar"

  • Por Jovem Pan
  • 19/09/2016 12h45
Reprodução/Facebook

O jornalista Flávio Prado está lançando o seu primeiro livro de ficção, nesta segunda-feira (19). Batizado de “O Juramento”, a obra traz o atacante uruguaio Gighia como protagonista. Carrasco da Copa do Mundo de 1950, ele ganha o poder de corrigir as injustiças do futebol após morrer no mesmo dia e hora em que nasceu. O apresentador do programa “No Mundo da Bola” da Jovem Pan disse que se emocionou em diversas partes, principalmente quando citou o amigo e jornalista Reali Júnior, que faleceu em 2011.

“Fiz muitas homenagens no livro. Teve um capítulo que me emocionou, que foi sobre o Reali Júnior. Ele morreu num sábado e pediu para ser cremado ao som das músicas do Mundo da Bola. A Itália teve o melhor time da sua história, que foi o Torino. Em 1949 teve uma tragédia coma equipe, onde todos morreram num acidente de avião. Eu coloco o piloto do avião conversando com o Reali. Cheguei até chorar escrevendo esse capítulo”, revelou.

Prado diz que escrever esse livro foi uma grande viagem e exigiu muita pesquisa de sua parte. Entre tantas injustiças, a maior delas foi o fardo que colocaram sobre o goleiro Barbosa após a derrota na final da Copa do Mundo de 1950. O protagonista da obra foi quem marcou o gol da vitória e terá que decidir se ajuda o brasileiro, mesmo que isso apague o bicampeonato do Uruguai.

“Sem dúvida que a maior injustiça do futebol foi a da Copa de 50 com o Barbosa. Nem a derrota em si, mas sim o que houve com ele. Cismaram que o Brasil era imbatível. O Brasil jogou por um empate e saiu na frente. Depois levou o empate e tomou a virada. Culparam o Barbosa por causa disso”, contou.  

O jornalista ainda destacou todas as dificuldades que Barbosa sofreu nos anos seguintes até a sua morte. “Ele era negro e o Brasil só voltou a ter um como titular com o Dida. Na Copa de 98 não deixaram ele abraçar o Taffarel por ser considerado azarado.  Ele morreu na miséria total, só foi ajudado pelo Eurico Miranda. Morreu sem nada na Praia Grande, com a fama de pé frio”, completou.

Um dos pontos altos de “O Juramento” é a participação de Sócrates, craque brasileiro e do Corinthians. Em um ponto da obra, o “doutor” cria uma confusão com alguns craques, o que passou pela aprovação da esposa do jogador, que faleceu em 2011.

“Quando falo do Sócrates, ele está muito presente no livro. Ele fica lá em cima criando uma confusão com Di Stefano e Eusébio sobre Cristiano Ronaldo e Messi. Levei para a esposa dele e ela afirmou que isso era muito a cara dele”, concluiu.

Serviço

Lançamento do livro “O Juramento”

Dia 19 de setembro
Horário: 19h
Local: Club Homs – Salão Nobre
Endereço: Avenida Paulista, 735 – Bela Vista

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