Jovem soropositivo fala sobre AIDS: "Sempre tive cuidados. Teve uma exceção e foi nessa que acabei me contaminando"

  • Por Jovem Pan
  • 01/12/2014 10h41
Reprodução / Youtube

Neste Dia Mundial do Combate à AIDS, Fabricio Stocker conta sua experiência como soropositivo. Ele descobriu que tinha a doença aos 19 anos, quando foi doar sangue e recebeu o encaminhamento para confirmar se tinha o vírus. Hoje, aos 23 anos, roda o Brasil falando sobre a doença e o tratamento. “A minha reação quando soube foi achar que era alguma coisa errada, que não poderia estar positivo. Eu não conhecia ninguém que tivesse feito o exame ou que tivesse HVI, eu achava que era uma coisa longe de mim”, relembra.

Ele conta que sempre se cuidou e usou a camisinha, mas deixou de usar uma única vez. “Teve uma exceção e foi nessa que acabei me contaminando”, diz ele. “Tem gente que faz como se fosse uma roleta russa: às vezes usa, às vezes não usa. Mas para mim essa única vez foi suficiente”.

Ao contrário de muitos que preferem não falar sobre o assunto com medo do preconceito, Fabricio começou o tratamento e em seguida já falava sobre sua experiência. Foi convidado para fazer parte da campanha do Ministério da Saúde de 2010, e em 2011 foi protagonista de um documentário sobre a AIDS chamado O lado positivo de Fabricio.

Fabricio decidiu falar sobre o assunto para tentar mudar aquela ideia de que a AIDS está longe. “Por isso resolvei mostrar a cara e falar mais sobre isso”, diz. “Eu não vou dizer que nunca sofri preconceito, o estigma é muito grande, mas para mim foi diferente, porque eu nunca escondi, não tinha aquela desconfiança de achar que eu tinha ou não”, relata.

Ele diz que o se tratar não é tão simples quanto parece. “O tratamento é pesado”, descreve ele. Além de ter que tomar três comprimidos por dia, ainda teve que tomar muito mais cuidado com a qualidade de vida, com a alimentação e exercícios físicos. 

 

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