‘Na melhor das hipóteses ele está mal informado’, diz RPM sobre briga com Paulo Ricardo

  • Por Jovem Pan
  • 21/01/2019 12h12
João Henrique Moreira/Jovem Pan Grupo disputa na Justiça o uso do nome RPM pelos remanescentes do grupo após a saída de Paulo Ricardo

O imbróglio jurídico sobre o uso da marca RPM ganhou novo capítulo nesta segunda-feira (21). Após Paulo Ricardo, que deixou o grupo, falar ao Morning Show que não quer que os colegas utilizem o nome da banda em novos shows, foi a vez dos integrantes da nova formação participarem do programa e contarem suas versões.

De acordo com Fernando Deluqui, Luiz Schiavon e Paulo Pagni, uma cláusula do acordo feito com Paulo Ricardo permite que a banda siga mesmo com a ausência de um membro. “Na melhor das hipóteses ele está mal informado”, disse Pagni, vocalista e baterista do RPM, integrante da formação original.

Fernando Deluqui, que compunha ao lado de Paulo Ricardo desde os 16 anos, explicou o desentendimento. Ele conta que, em 2007, o grupo fez um acordo no qual dividiam em quatro partes iguais os direitos sobre a marca RPM. O acordo teria sido descumprido por Paulo Ricardo, que acabou obrigado a pagar uma multa de 1,2 milhão.

“Então nós voltamos e fizemos shows com o Paulo. Cada um tem 25% dos direitos. Em março de 2017, o Paulo abandonou a banda, saiu fora, foi cuidar da carreira solo dele. Nós tínhamos contrato para cumprir, esperamos para conversar com ele depois, mas não teve conversa, ele não quis trocar ideia. Nós precisamos botar pão na mesa; houve decisão favorável a nós e estamos aí”, contou.

O novo rosto da banda, o baixista Dioy Pallone, procurou não falar sobre a desavença da formação original. Ele se reserva a demonstrar gratidão por agora tocar ao lado de músicos que escutou quando criança. “É um prazer e uma honra fazer parte da RPM. O que eu quero fazer é ajudar esses caras a fazer o trabalho daqui para frente”. Sobre as comparações com Paulo Ricardo, Pallone disse que é inevitável que sejam feitas comparações, mas que procura não se apegar a isso.

“Eu sou de boa, sou tranquilo. Tem comparação, é inevitável. É uma ruptura muito importante, é uma imagem. Mas eu procuro me descolar disso, meu trabalho é focado em tocar, compor e cantar direito. O que eu puder trazer para a banda para somar, perfeito”, concluiu.

Problemas na estrada

Pagni e Deluqui contaram à bancada que tinham problemas de convivência durante as viagens de turnê e nos ensaios. Para Pagni, “Não era legal”. “Agora temos um dia a dia mais gostoso. Temos mais respeito. Decidimos que tudo vai ser feito em grupo. É difícil explicar tudo para as pessoas. Era meio ditadura, meio esquisito, não rendia. Fizemos um CD em 7 anos”, cravou.

Deluqui completou explicando que, apesar de tudo, havia momentos bons. “Nós éramos amigos há décadas, eu conheci o Paulo com 16 anos de idade. Era bem difícil. Não vou dizer que não era bom, mas era bem mais penoso para fazer [as coisas acontecerem], demorava mais. Nós gravamos um CD de músicas inéditas três vezes e ele nunca foi ao ar”, finalizou.

A banda volta a estrada em fevereiro, faz uma pausa para o carnaval e começa a tocar integralmente a nova fase do grupo a partir de março. “Assinamos um contrato com uma distribuidora e eles estão fazendo a distribuição em todas as plataformas, inclusive faremos um lançamento agora, no dia 25 de janeiro”, explicou Deluqui.

 

 

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.