"O jornalismo é machista", critica Nadja Haddad, agora no entretenimento

  • Por Jovem Pan
  • 12/11/2014 11h11
Jovem Pan <p>Nadja Haddah fez visita ao Morning Show</p>

À frente do SBT na Web, Nadja Haddad comenta o papel da internet na comunicação e o futuro da televisão. “A internet é um grande canal de integração. Não acho que seja o futuro da TV, uma coisa não vai extinguir a outra”, opina. O canal no Youtube permite que os comentários dos internautas cheguem diretamente à ela, que participa pessoalmente da interação. “Pergunto o que as pessoas querem assistir, todo mundo dá ideias”, comenta.

Na internet, a jornalista tem a chance de ser mais espontânea do que foi na TV. “Em jornalismo eu era uma personagem, porque eu não sou uma pessoa tão séria quanto o jornalismo nos impõe. No vídeo, a naturalidade é o que predomina”, analisa. Ela explica que a migração para o entretenimento aconteceu de forma natural, e diz que jamais voltaria para o jornalismo policial. “O jornalismo é tão machista que nem consegui colocar minhas ideias em prática”, lamenta.

Para ela, o jornalismo deve ser feito empiricamente, e não da bancada de um telejornal. “O que me afastou do jornalismo como repórter é que a gente tem que experimentar as coisas, não adianta sentar na bancada e ler o TP”, justifica. Ela também destaca a importância da emissora oferecer segurança para os repórteres que vão a áreas perigosas, com carro blindado e bons coletes à prova de balas.

Nadja relembra quando levou uma bala perdida em 2005 quando ia acompanhar uma troca de tiros no Morro Dona Marta, no Rio de Janeiro. “Acho que a vida dá uns sacodes na gente pra gente amadurecer, para dar valor para as coisas. Apesar da gravidade, sempre tive certeza que tudo ia dar certo”, afirma.

No SBT há um ano e apresentando o programa Torneio Musical, se diz encantada com a empresa. “Fico admirada com as histórias, quero fazer carreira ali”, anuncia.

A jornalista começou a carreira na TV muito jovem, aos 19 anos, como Garota Capricórnio do Planeta Xuxa. “Foi a fase em que eu mais me diverti na vida”, reflete, dizendo que os ensinamentos de Marlene Mattos ainda estão presentes em sua vida. “Eu trago um lema que ela me ensinou: trabalho é diversão, com responsabilidade”. Ela conta que de vez em quando ainda troca mensagens com a produtora.

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