Primeira série brasileira da Netflix, "3%" foge de "Jogos Vorazes" e aposta no drama humano

  • Por Jovem Pan
  • 24/11/2016 12h24
Johnny Drum/Jovem Pan

Um mundo distópico, cheio de devastação e com apenas uma pequena parte da população vivendo no progresso. Esta é a premissa da série original da Netflix “3%”, primeira produção brasileira da plataforma de streaming. No Morning Show desta quinta-feira (24), os atores Michel Gomes, Bianca Comparato e o diretor César Charlone falaram que a trama foca muito no drama dos personagens e coloca a ficção científica apenas em segundo plano.

A parte distópica, que está em alta – sucessos nos livros e no cinema, “Jogos Vorazes”, “Divergente”, “Maze Runner” comprovam-, a série acaba se distanciando dessa tendência, embora não pareça à primeira vista. Charlone explicou que a ficção é onde a história descansa e que tudo é muito mais dirigido ao lado humano, das pessoas, mostrando as motivações e dificuldades de cada candidato que pretende fazer parte do seleto grupo que vive de forma digna.

“A ficção cientifica é um plano de fundo, um lugar onde descansa a história. É muito mais um drama humano. É uma distopia acontecida no futuro, passado, não sabemos”, comentou.

Os candidatos passam por diversas provas para mostrar as suas habilidades, mas nem tudo é o que parece. A avaliação vai muito além disso, levando em conta questões como caráter, moral e inteligência.

“Vivemos numa ilha devastada e uma elite de 3%. É uma elite moral, de caráter, inteligência. Logo no primeiro episódio você precisa montar cubos, mas tem uma visão a mais dos organizadores. Nada é simples na série”, afirmou Comparato, que interpreta a jovem Michele. Sua personagem possui uma motivação a mais para se tornar uma das vencedoras da seletiva.

“A Michele tem uma questão familiar e política, ela não quer passar por passar apenas. É um sentimento ambíguo”, adicionou.

O ator Michel Gomes é um dos protagonistas e interpreta o cadeirante Fernando. Como foi mostrado nos trailers, o personagem possui uma conexão amorosa com Michele e sonha em poder voltar a andar. Sem muita experiência, Gomes disse que o elenco o deixou muito à vontade.

“Faço o Fernando, parte dos 97%. É um cadeirante, personagem determinado e inteligente. Temos uma parceria bem legal. Foi muito boa esse personagem por eu ser cadeirante. Grande parte do que fiz devo ao elenco. Contracenando é uma outra energia e pegada. Ele é um dos candidatos para ir para o outro lado”, disse.

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