“Queen seria considerado brega no Brasil”, compara Rodrigo José

  • Por Jovem Pan
  • 27/09/2017 11h24
Reprodução

Considerado o novo rei do brega, Rodrigo José passou pelo Jovem Pan Morning Show desta quarta-feira (27) e combateu os preconceitos que cercam o gênero musical. Para o artista, é preciso maturidade para aceitar o brega como um verdadeiro representante da música brasileira.

“A música popular romântica no brasil é taxada de brega, mas [os compositores do brega] foram os representantes do povo que falavam de dores e de amor de forma visceral, melodramática e pura”, falou. “Isso que era mal entendido pelos críticos, que os chamaram de cafona”, emendou.

Para Rodrigo José, a mesma música cantada em outros idiomas não seria considerada brega. E grandes hits da história, traduzidos, seriam rotulados de cafona. “Somos preconceituosos com a nossa própria língua”, explicou.

“Um dos momentos mais antológicos da história da música é o show do Queen com Freddie Mercury cantando ‘Love of My Life’ no Rock in Rio de 1985. Se você traduzir essa cena para o português, é a banda ‘Rainha’ cantando ‘Amor da Minha Vida’ e isso no Brasil é brega”, comparou.

Ao lembrar de sua relação com o gênero musical, Rodrigo contou que o primeiro disco de brega que ouviu foi de Evaldo Braga e, instantaneamente, ficou maravilhado. “Tinha 12 anos [quando ouvi] e achei sensacional. Me apaixonei e foi uma imersão muito legal. Não tive o filtro de ninguém me dizer: ‘cuidado, isso aí é brega’. Não. Era só eu e a música e eu me apaixonei”, afirmou.

O músico ainda falou sobre a diferença do brega quando ele surgiu para os dias de hoje. “Era um adjetivo de música de qualidade inferior e popular, mas com um tempo se tornou um estilo musical brasileiro”, defendeu.

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