"A religião islâmica precisa desmistificar o EI", cobra cientista político

  • Por Jovem Pan
  • 15/07/2016 11h09
EFE

O mundo está assustado com mais um ataque terrorista cometido pelo Estado Islâmico contra a França. No atentado da última quinta-feira (14), em Nice, durante a comemoração pelo Dia da Queda da Bastilha, pelo menos 84 pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridos. Para o cientista político Heni Ozi Kukier, está mais do que na hora dos líderes da religião islâmica tomarem em frente para marginalizar a ideologia desse movimento radical que vem causando terror e medo no mundo.

“Na verdade a ameaça terrorista está tomando uma forma muito grande e global. A capacidade do EI é algo fenomenal. Tem um apelo discurso que atrai gente no mundo todo. Não é uma questão de combater apenas o grupo, existe uma batalha mais complicada que é essa ideológica. Temos que olhar para a religião e o resto dos islâmicos que não compactuam dessa ideia precisam participar dessa luta ideológica”, cobrou.

Kukier viu um erro crasso da segurança francesa ao não perceber nada estranho com um caminhão enorme trafegando por um local apertado. Ele revelou que essas ações não são novidade para o EI e que eles utilizam carros em Israel para atropelar pessoas inocentes para implementar a sua ideologia sanguinária.

“A Europa precisa se emparelhar para essa ameaça. A maioria moderada precisa deixar de ser silenciosa e se mostrar mais contundente. Precisa de uma voz forte que possam silenciar essa estrutura de força e poder. Os islâmicos precisam rejeitar e marginalizar esse tipo de conduta. Todas as religiões passaram por uma reforma e isso não aconteceu no islã”, concluiu.

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