Executivas de Diageo e Monange mostram que inclusão da mulher no mercado de trabalho é essencial

Regiane Bueno (Monange) e Paula Costa (Diageo) foram algumas das entrevistadas da edição especial do ‘Mulheres Positivas’ desta segunda-feira, 8 de março, Dia Internacional das Mulheres

  • Por Jovem Pan
  • 08/03/2021 18h26 - Atualizado em 09/03/2021 11h51
Divulgação-Reprodução de vídeo mulheres positivas programa especial Paula Costa (à esq.), da Diageo, e Regiane Bueno (à dir.), de Monange, participaram do "Mulheres Positivas"

O programa “Mulheres Positivas”, da Jovem Pan desta segunda-feira, 8 de março, Dia Internacional das Mulheres, foi marcado pela presença especial de quatro mulheres que têm protagonismo dentro de suas carreiras. Entrevistadas pela apresentadora Fabi Saad, a vice-presidente de Diageo no Paraguai, Uruguai e Brasil, Paula Costa; a vice-presidente de marketing de Monange, empresa do Grupo Coty no Brasil, Regiane Bueno; a humorista e advogada Bia Napolitano; e a Shark Tank Carol Paiffer conversaram sobre como é ser mulher nas áreas que escolheram, o papel na sociedade e no mercado de trabalho atual e as carreiras que decidiram seguir. O relato inspirador de todas mostra que, apesar de um caminho longo a ser traçado, há motivos para se comemorar nesta data.

Após concorrer com uma série de mulheres da área de negócios do mundo inteiro, Paula Costa, da Diageo, foi vencedora do prêmio WeQual 2021, uma conquista que ela atribui a todas as mulheres que trabalham com ela. “Acho que representa para nós, latinas, que a gente ainda tem muito o que conquistar”, afirmou. Ela lembra da importância de programas de inclusão na empresa, que tem cerca de 50% da marca globalmente formada por mulheres, inclusive nos cargos mais altos. “É uma empresa que tem na questão de gênero uma equidade muito fora da curva”, explicou. Em 2020, a inclusão do “Programa Origens” tentou adicionar mais um tipo de inclusão ao time: o de pessoas de etnias diferentes, promovendo a igualdade racial dentro dos times. “Quanto mais pessoas a gente tiver de diferentes e que representem efetivamente a população, acho que as empresas vão ser muito mais humanas e muito mais prósperas”, opinou.

Ao longo de uma década, Costa fez parte de comitês executivos no qual ela era a única mulher. Durante o período, ela precisou se acostumar com ambientes dominados por homens e lembrou da necessidade de não se deixar endurecer. “Era bom quando os colegas me tratavam como mais um, mas obviamente eu sou uma mulher, então eu tenho necessidades diferentes”, afirmou. A executiva considera a confiança como algo importante para mulheres terem sucesso na carreira. “A primeira coisa para a gente prosperar é ter a crença na gente mesma, acho que é o primeiro passo. O segundo é contar com redes de pessoas que te apoiem”, afirmou Paula, lembrando que todos têm potencial e precisam de incentivos. Fugir daqueles que dizem que você não vai conseguir também é uma dica essencial. Para ela, encontrar excelentes empresas no caminho da carreira também foi algo importante para o próprio crescimento profissional. “Tive um pouco de sorte, mas também acho que quanto mais trabalho, mais sorte eu tenho”, afirmou Costa, que considera como uma mulher admirável a ex-chanceler da Alemanha, Angela Merkel, que liderou uma das maiores potências mundiais por mais de uma década.

Regiane Bueno, vice-presidente de Marketing de Monange no Brasil, também considera a promoção da inclusão dentro do mercado de trabalho como algo essencial, principalmente diante do momento vivido no país. “Um grande sonho é trazer mais igualdade para o nosso país, fazer com que independente de raça, de orientação sexual ou de classe social, que a gente consiga ter uma vida igualitária e com mais oportunidade para todos, assim como eu tive a oportunidade”, explicou. A executiva tem mais de 20 anos de experiência na área de marketing de empresas nacionais e multinacionais e usa a paixão profunda pela profissão que exerce como um combustível. “Desde o início eu nunca pensei que ia chegar onde eu cheguei. Sempre fiz tudo com muita vontade, com muita determinação, com muita paixão”, recordou. Para ela, conseguir administrar o lado profissional com o lado pessoal foi uma conquista grande. “Eu nunca abri mão nem da minha família, nem da minha carreira para ser feliz”, afirmou. A executiva considera Luiza Helena Trajano como uma mulher admirável por muitos motivos, inclusive por ajudar na promoção dessa igualdade.

Neste Dia das Mulheres, a Monange escolheu cinco mulheres com profissões predominantemente masculinas, como uma marceneira, pedreira, goleira e motorista de caminhão, para contar como a intuição delas fez com que obstáculos fossem superados dentro da carreira. “A ideia é dar voz a essas mulheres para que elas possam inspirar outras, e para que essas mulheres busquem onde querem trabalhar, o que querem fazer”, explicou. A marca, que tem mais de 50 anos de mercado, adotou há cerca de dois a intuição, considerada como um sinal de autoconhecimento, como um dos pilares para ajudar as clientes tomarem decisões na vida. “É importante que dentro de uma decisão, seja pessoal ou profissional, que essa mulher volte para dentro dela mesma e entenda o que ela deve fazer, porque a resposta está sempre dentro da gente”, afirmou. A executiva encara a capacitação como algo importante para mulheres dentro do universo profissional. Paixão, resiliência, otimismo e a crença no que você quer são outros passos essenciais. “Siga sua paixão, acredite. Não tem nada que é impossível. A mulher hoje pode estar em qualquer área de trabalho”, afirmou.

Após deixar a profissão de advogada para se tornar humorista, Bia Napolitano lembrou dos desafios de trocar de carreira e de quando começou a produzir os primeiros vídeos da carreira. Cerca de um ano após iniciar os vídeos, ela começou a conseguir monetizar as próprias publicações. “Eu comecei a produzir, produzir, produzir, produzir, até que em um certo momento eu comecei a criar uma visibilidade, percebi que os vídeos começaram a crescer, e naturalmente as marcas foram chegando”, recorda. Dentro de um mundo majoritariamente masculino, ela explica que sentiu dificuldades por ser mulher. “Acho que se a gente não for se juntando e tentar desamarrar isso aí, tem que ir para frente mesmo”, afirmou. Agora, dois anos após entrar no mundo da internet, inspirada em mulheres como Dercy Gonçalves, Hebe e Tata Werneck, ela tem como meta crescer nas redes sociais, criar a sua marca fora da rede e alavancar a carreira. Dentro do mercado financeiro, a Shark Tank Carol Paiffer também conversou com a apresentadora Fabi Saad e lembrou da necessidade de acreditar em si e se capacitar. “Acho que a gente tem que acreditar cada vez mais no nosso potencial, porque a gente faz coisa muito mais difícil do que investir, do que empreender, então no final do dia a mulher é capaz de fazer qualquer coisa que ela queira fazer”, afirmou, garantindo que mulheres são fora da curva.

Prêmio Mulheres Positivas

Também neste Dia das Mulheres, as inscrições para a primeira edição do Prêmio Mulheres Positivas, que premiará a história de uma mulher inspiradora que luta pela igualdade e por direitos, foram abertas. Qualquer mulher pode participar e concorrer ao prêmio, basta ser indicada ou se inscrever. Para isso, deve acessar o site: premio.mulherespositivas.com.br e preencher o cadastro da mulher inspiradora que deseja indicar ao prêmio, completando nome, e-mail, telefone e a justificativa do motivo da escolha. A personagem com maior número de votos ganhará um prêmio no valor de R$ 10 mil, oferecido pela patrocinadora do projeto, Monange, empresa do Grupo Coty no Brasil. O resultado será divulgado na segunda-feira, 29 de março, durante o programa Pânico, da Jovem Pan.

Confira o programa Mulheres Positivas deste Dia das Mulheres na íntegra:

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