Especialista em investimentos elogia meritocracia na Bolsa de Valores: ‘Não existe pobre ou rico’
Em entrevista ao Mulheres Positivas, Carol Paiffer exaltou o papel da família na carreira: ‘Ninguém faz nada sozinho’
Nesta semana, o programa Mulheres Positivas recebeu a empresária Carol Paiffer. Em entrevista a Fabi Saad, a especialista em investimentos contou que, na adolescência, seu sonho era entrar para o mercado moda, mas seu irmão a convenceu de entrar para o mundo do mercado financeiro. ” A gente sempre foi muito conectado, desde criança… Sócio, parceiro, sempre juntos, aprontado. Ele [irmão] falou ‘acho que você deveria ver isso’. Comecei a ver que não era um bicho de sete cabeças como todo mundo pensava. Comecei a amar”, disse, sobre a Bolsa de Valores. “É meritocracia pura. Não importa se você é homem ou mulher, se você tem um sobrenome bonito ou feio, se veio de uma família rica ou pobre. No interior, tem que ganhar o seu espaço. Na Bolsa não importa de onde você veio. Comecei a me identificar com isso. Comecei a ganhar dinheiro, vi que dava para ganhar mais dinheiro.”
A CEO da ATOM, empresa focada em educação para o mercado financeiro, exaltou a importância dos exemplos de sua família e do círculo de amizades para uma carreira de sucesso. “Acho que primeiro de tudo, acredito, sim, que sou self-made, mas ninguém faz nada sozinho. Falar que a gente cresce sozinho é uma ilusão. Você precisa de um time, você precisa de pessoas te apoiando, você precisa de um ambiente. Quando você não tem o ambiente, você cria o ambiente”, explicou “Tive o privilégio de nascer numa família onde meus pais são empreendedores. Eu cresci, sou caçula, mas quando nasci minha mãe já trabalhava. Ela queria comprar roupas muito legais para a minha irmã e não tinha grana. Ela começou a fazer para a minha irmã, montou uma confecção, montou loja. Isso é muito importante, quando você tem uma referência de mulher que conquista.”
Paiffer também deu dicas para alcançar estabilidade e conforto financeiro com a renda. Segundo ela, é preciso calcular as suas metas para o dia a dia e entender que existem tipos diferentes de estilos de vida. “Todo mundo acha que existe uma receita de bolo. Não existe. Depende de onde você vai morar, uma cidade de 3 mil habitantes ou uma capital? Você se importa em ir num restaurante de luxo todos os dias ou uma vez por semana?”, questionou. Ela afirmou que investir na Bolsa de Valores é menos complicado do que se imagina. “O que é a Bolsa no final do dia? Comprar barato e vender mais caro. O que você precisa analisar é preço, o que a gente já faz na vida inteira. Você tem o histórico de preços. Esse é o ponto do mercado, a chance de comprar barato e vender mais caro qualquer coisa. Quando ensino Bolsa, ensino pessoas que podem investir a longo prazo porque não precisam do dinheiro naquele momento. O que a gente precisa fazer é conscientizar as pessoas que não é um bicho de sete cabeças.”
Como mulher positiva, Carol indicou o trabalho da shark tank Sandra Chayof, mas também mencionou a importância das matriarcas de sua família. Como série, ela indicou “Sex & The City”, comédia clássica dos anos 90, que está disponível no streaming da HBO. “Inspiração para o meu livro. A [personagem] Samanta mostra que ela pode ser a mulher que ela quiser”, concluiu.
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