Head de comunicação do LinkedIn, Erica Firmo dá dicas de como usar a rede para buscar o emprego ideal

Membro do LinkedIn foi convidada do programa ‘Mulheres Positivas’ desta segunda-feira, 18, e falou sobre os desafios no mercado de trabalho e as novidades na rede social

  • Por Jovem Pan
  • 18/01/2021 17h41
Erica Firmo/LinkedIn/Divulgação Erica Firmo é head de comunicação no LinkedIn

A convidada do programa “Mulheres Positivas” desta segunda-feira, 18, é a Head de Comunicação do LinkedIn, Erica Firmo. Coordenando a comunicação da marca no Brasil, América Latina e Ibéria, ela é parte da maior rede social de empregos do mundo, que hoje tem mais de 700 milhões de usuários, 43 milhões deles no Brasil. Durante a pandemia, a RP registrou um aumento de 50% de movimentação na rede, que para além das vagas, oferece oportunidades de conexão com grandes profissionais. “Alguns profissionais têm essa visão de que o LinkedIn está ali para procurar emprego, mas não é só isso. Você pode usar o LinkedIn para trabalhar a sua imagem profissional, desenvolver uma habilidade nova, para fazer networking, para se conectar, então é assim, um mundo de possibilidades”, afirma. Em conversa com a apresentadora Fabi Saad, ela lista uma série de dicas para quem quer otimizar o uso da rede social.

“Se você está procurando emprego, a dica é: você precisa ser ativo no LinkedIn, sempre atualizar o seu perfil, garantir que você tem um perfil campeão, um perfil completo. Mas, se você é empreendedor, se você tem uma marca, você quer sustentar uma imagem, entrar em contato com o seu cliente, com o seu comprador, você precisa também ser ativo, mas você precisa trabalhar essa imagem na rede”, diz. Outra dica valiosa para aqueles que buscam fomentar o networking na rede é encarar o mundo virtual como a vida real. “Na sua vida, você está procurando um emprego, você ligaria para aquela sua amiga todo santo dia para falar para ela ‘estou procurando emprego’? Então você não faz isso no LinkedIn. Não fica mandando mensagem reforçando um pedido que você já fez anteriormente”, analisa.

Ter uma lista de pessoas que você conhece e podem ser boas conexões e interagir com elas nas redes sociais, até mesmo fora do LinkedIn – com moderação – pode ser um bom caminho. Colocar uma boa foto de perfil na rede é algo simples que também pode aumentar em 21 vezes a chance de visualização e 9 vezes a chance de conexões, segundo a Head de Comunicação. Manter o perfil atualizado com o cargo ocupado atualmente e ter uma carta de apresentação fixada, assim como falar sobre o que você já fez, é essencial. “Suas experiências, onde você estudou, se você já fez algum curso. Isso tudo é de grande valor para o recrutador, mas também é valioso para você criar conexões. É fácil você puxar assunto com alguém que estudou na mesma faculdade que você”, lembra.

No mês de julho de 2020, a rede social deu mais um passo: criou, em parceria com a Microsoft, uma série com mais de 90 cursos para capacitar os profissionais com as ferramentas mais pedidas pelos contratantes no momento. Em uma análise de mercado para 2021, o LinkedIn analisou que empresas devem focar em promover funcionários e dar oportunidades para aqueles que já estão “dentro de casa”. “Se você está se candidatando para uma vaga que não é na sua empresa ou se você está buscando um trabalho, é importante que você entenda a fundo a cultura da empresa. Eu sempre dou essa dica porque as pessoas usando o LinkedIn, às vezes usam a rede e criam quase um spam de candidatura”, explica. Segundo Erica, esse tipo de submissão para vagas que não são adequadas para o perfil dos usuários cria uma enorme frustração pela falta de retorno. “As empresas precisam que você tenha uma atenção especial para a sua candidatura, mas também para o que elas estão exigindo”, analisa.

Ser mulher no mercado de trabalho

No ano de 2019, o LinkedIn ouviu uma série de mulheres sobre casos de assédio sexual dentro do ambiente de trabalho. Em um estudo, eles perceberam que só 5% das vítimas desse tipo de importunação reportavam os ocorridos. A maioria delas mantinha o silêncio por acreditar que a empresa não tomaria uma ação. A partir disso, a empresa preparou uma série de conselhos a gestores e aos setores de Recursos Humanos das companhias. “Não é só ter uma política escrita, você precisa se posicionar, você precisa acolher a vítima. A vítima hoje não reporta porque ela não se sente acolhida. E você precisa responsabilizar o agressor, precisa divulgar essa política de uma forma clara dentro da organização para que o agressor ele antes mesmo de cometer qualquer [assédio] ele saiba que vai ser punido”, afirma.

Além dos privilégios com os quais Firmo nasceu, boas relações foram apontadas por ela como importantes no caminho até o sucesso. “Desde sempre eu tive muito claro para mim que eu precisava enxergar através dos meus privilégios, precisava conhecer outras mulheres que tinham históricos diferentes do meu, privilégios diferentes do meu, histórias de vida diferentes da minha, entender que sororidade é fundamental para o curso profissional de qualquer mulher, porque uma ajuda a outra”, relembra. Mentorias e conselhos de outras conexões femininas dentro da sociedade patriarcal são algumas das trocas pontuadas por ela como essenciais. Como livro indicado para mulheres positivas, Erica Firmo indicou a autobiografia de Angela Davis, que fala muito sobre o antirracismo na sociedade. “Você começa a repensar seus privilégios, entender os espaços de poder que você ocupa e inclusive trazer isso para o seu dia a dia de trabalho”, afirmou. Como produção televisiva, ela indicou a série ‘Nada Ortodoxa’, da Netflix, e como mulher inspiradora, assim como outras entrevistadas do ‘Mulheres Positivas’, a head de comunicação indicou Luiza Helena Trajano, das lojas Magazine Luiza.

Saiba mais sobre a história de Erica Firmo assistindo ao programa “Mulheres Positivas” desta segunda-feira, 18, na íntegra:

 

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