Líder global do grupo Latam conta como foi mudar de país com a família para novos rumos profissionais

Em entrevista ao Mulheres Positivas, Sabrina Salgado desabafou sobre suas expectativas para uma nova fase da carreira em Santiago, no Chile

  • Por Jovem Pan
  • 13/06/2022 17h41
Reprodução/MulheresPositivas Sabrina Salgado Sabrina Salgado foi a convidada do programa Mulheres Positivas desta semana

Nesta semana, o programa Mulheres Positivas recebeu Sabrina Salgado, líder global de branding e trade do grupo Latam. Em entrevista à Fabi Saad, ela contou sobre sua infância e o diferencial em sua relação com a família. “Uma das grandes coisas da minha infância foi justamente ter uma família à frente em termos de acreditar que uma mulher pode. Meu pai era um homem rodeado de mulheres e que acredita nessa potência feminina. Assim, as coisas fora acontecendo”, disse. Prestes a se mudar para a cidade de Santiago, no Chile, com a família para novos desafios profissionais, Sabrina desabafou sobre a sensação de ser mulher nos espaços e cargos que ocupa. “Na prática, me considero privilegiada, pois nunca senti uma condição sexista ou machista. Hoje, assumidamente quero minha essência feminina”, acrescentou.

Entre seus maiores desafios, Salgado lembrou de quando foi mãe pela primeira vez, há 10 anos. Mesmo tendo a licença maternidade planejada com antecedência, ela recebeu uma proposta de voltar ao ofício antes do término deste período. “Eu me planejei com antecedência para o período de licença, espiritualmente, tendo sido sempre uma pessoa dedicada ao trabalho. Mais que uma obrigação e um ganha pão, é uma realização. Martim nasceu em dezembro e, mais ou menos em março, recebi uma ligação me convidando para voltar mais cedo da licença maternidade. Na vivência da maternidade existe um fator hormonal, apesar de você ser forte e ter produtividade, o hormônio te impacta”, desabafou. Ela conta que se sentiu pressionada consigo mesma para responder a proposta da empresa da qual, na época, fazia parte. “Era muito uma questão minha comigo mesma, estou falando do contexto de dez anos atrás. Eu teria mais autoconfiança para o sim ou para o não. Sem dúvidas, isso aconteceu porque sou uma mulher. Um homem não teria passado por esse dilema”, explica.

Na literatura, Sabrina Salgado indicou as obras de Clarice Lispector e referenciou a autora como uma vanguardista do feminismo. Como mulher positiva, a funcionária da Latam lembrou da trajetória de Djamila Ribeiro, com quem conviveu por anos. “O legado que ela deixa para a humanidade é muito grande. Convivi durante três anos e tenho muito orgulho”, afirmou. Como filme, ela indicou o clássico “O Fabuloso Destino de Amélie Poulain”, obra que, para ela, possui leveza, atitude e gera identificação.

Confira na íntegra a entrevista com Sabrina Salgado:

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