‘Vemos cada vez mais a força das mulheres nos Jogos Olímpicos’, afirma velejadora Kahena Kunze

Dupla que representará vela brasileira em Tóquio foi convidada do programa ‘Mulheres Positivas’, da Jovem Pan

  • Por Jovem Pan
  • 05/07/2021 16h23
Danilo Borges/brasil2016.gov.br martine grael e kahena kunze lado a lado em pódio olímpico Dupla olímpica representará Brasil em Tóquio

O programa “Mulheres Positivas“, da Jovem Pan, deste domingo, 4, trouxe, em parceria com a Tim, as velejadoras e atletas olímpicas Martine Grael e Kahena Kunze, que representarão o Brasil em Tóquio. As convidadas da apresentadora Fabi Saad começaram a velejar na infância e hoje são campeãs olímpicas da classe 49erFx. A dupla, que hoje tem uma comunicação fluida dentro e fora do barco, se conheceu na adolescência e viajou para uma série de campeonatos — nos quais competiram separadas –, formando um time alguns anos depois. Elas têm uma rotina baseada em uma série de blocos de treinos somados a outros esportes e, atualmente, são exemplos dentro de um mundo majoritariamente masculino, se tornando embaixadoras da operadora telefônica.

“Eu vejo as mulheres mais desmotivadas a seguirem carreira do que os homens, de se arriscarem mais. Talvez por um perfil, talvez por outros motivos, mas acho que tem muitas coisas legais da vela que quebram padrões de tudo”, afirmou Grael. Para ela, navegar é viver a vida intensamente. Kunze, que disse nunca ter passado por situações machistas dentro do esporte, lembrou da importância de sair da zona de conforto. “A gente tem que ir e acreditar que se você gosta daquilo que você faz, se é aquilo que você ama, você consegue ultrapassar qualquer barreira.” Para ela, se a força física se difere da dos homens dentro deste esporte, a inteligência e determinação podem ser usadas a favor das mulheres.

Durante a pandemia, a dupla teve dificuldades para treinar e só conseguiu participar de um grande campeonato, já que a maioria deles foi cancelado diante das restrições sanitárias para conter a Covid-19. “Sempre que a gente fazia planos para mais de duas semanas, a gente se frustrava, trocava. Depois de muitas mudanças, estamos com o plano feito até Tóquio”, afirmou Martine. No entanto, elas continuam a conviver com a incerteza, já que dependerão constantemente da testagem e de fatores exteriores nas Olimpíadas do Japão. Nem mesmo a tradicional cerimônia de abertura dos jogos deve contar com a presença física das atletas, que deverão fazer apenas o percurso do quarto de hotel para o barco e vice-versa.

“Vejo que as mulheres têm subido no pódio constantemente. O número de mulheres no pódio nestas Olimpíadas cresceu bastante, a gente vê cada vez mais a força das mulheres nos Jogos Olímpicos, na vida, em geral”, afirmou Kahena. A expectativa dela é fazer bonito em Tóquio levando no coração o Brasil. Grael lembrou que as Olimpíadas são um momento de trazer à luz esportes com pouca visibilidade e inspirar. “Quando eu vejo uma menina que está começando no esporte vindo até mim e falando ‘te admiro muito’, eu fico ‘nossa, não fazia ideia de que podia inspirar as pessoas'”, recordou ela, que considera essa como uma das melhores recompensas da carreira.

Confira o programa “Mulheres Positivas” na íntegra:

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