Homem invade escola e mata professor a facadas na França; polícia suspeita de vínculo com conflito no Oriente Médio

Agressor, identificado como Mohammed Mogouchkov, um russo de origem chechena na faixa dos 20 anos de idade, era fichado pelas autoridades no registro de segurança nacional

  • Por Jovem Pan
  • 13/10/2023 22h38 - Atualizado em 13/10/2023 22h42
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Ludovic MARIN / POOL / AFP professor morto na frança Policiais franceses do serviço forense em frente à escola secundária Gambetta em Arras, nordeste da França

Um homem invadiu uma escola de ensino médio em Arras, norte da França, e esfaqueou um professor em um ataque que a Justiça investiga como ato terrorista e que o governo vincula ao conflito no Oriente Médio. “Segundo nossas informações, há, sem dúvidas, um vínculo entre o que aconteceu no Oriente Médio e a decisão de atacar”, assegurou o ministro do Interior, Gérald Darmanin, em entrevista à TF1. O promotor antiterrorista, Jean-François Ricard, indicou que três pessoas ficaram feridas: outro professor e dois trabalhadores da escola, mas que nenhum aluno ficou ferido. O episódio ocorreu na escola Gambetta em Arras. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram um homem jovem, vestindo calças pretas e casaco cinza, visivelmente armado, brigando com vários adultos no pátio, antes de se dirigir à saída do centro educacional. Segundo a Prefeitura, o autor do ataque, que foi detido, gritou “Allah Akbar” (Alá é grande, em tradução livre), uma expressão formal de fé usada por muçulmanos, que se tornou um grito repetido pelos autores dos ataques jihadistas que abalaram a França na última década.

O presidente da França, Emmanuel Macron, falou sobre o caso e disse que Dominique Bernard, o professor de francês assassinado, “sem dúvida salvou muitas vidas”, disse Macron, que viajou rapidamente para o local do ataque. Os estudantes foram temporariamente confinados na instituição, isolada pelas forças de segurança e por socorristas, até poderem se unir a seus pais, que esperavam do lado de fora.  O agressor, identificado como Mohammed Mogouchkov, um russo de origem chechena na faixa dos 20 anos de idade, era fichado pelas autoridades no registro de segurança nacional, tendo chegado à França em 2008, segundo as primeiras informações policiais. O serviço de Inteligência Interna DGSI vigiava-o “ativamente” desde o verão boreal (hemisfério norte), mas as escutas dos últimos dias não revelaram que se preparasse para entrar em ação, comentou uma fonte desse órgão.

A Promotoria Antiterrorista (Pnat) anunciou a abertura de uma investigação por homicídio e tentativa de homicídios em relação com empreitada terrorista, entre outras acusações. Oito pessoas, entre elas vários membros de sua família, foram detidos. Um de seus irmãos já estava preso desde 2019 por envolvimento em um plano de atentado frustrado, segundo a fonte da DGSI. Dois sindicatos da área da educação, Snes-FSU e SE Unsa, disseram que o agressor era um “ex-aluno” desta escola de ensino médio de cerca de 1.500 estudantes. Outro homem fichado por “radicalização” e armado com uma faca de cozinha também foi preso nesta sexta-feira perto de um liceu em Limay, a noroeste de Paris, indicaram fontes judiciais e policiais.

*Com informações da AFP

 

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