Ajuda humanitária da ONU aguarda há mais de 72 horas liberação de acesso a Gaza

Caminhão da organização aguarda autorização de Israel para cruzar a passagem fronteiriça de Rafah, no Egito; cerco foi imposto como punição depois do ataque surpresa do grupo islâmico Hamas em 7 de outubro

  • Por Jovem Pan
  • 17/10/2023 12h29 - Atualizado em 17/10/2023 13h40
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EFE/STR Ajuda humnitária em Gaza Caminhão de ajuda humanitária para a Faixa de Gaza aguarda liberação da fronteira de Rafah, no Egito

O diretor do escritório da Organização Mundial da Saúde (OMS) para o Mediterrâneo Oriental, Ahmed al Mandhari, afirmou nesta terça-feira, 17, que a ajuda humanitária da Organização das Nações Unidas (ONU) está pronta no Egito há mais de 72 horas à espera de ser distribuída à Faixa de Gaza. O médico voltou a solicitar acesso ao enclave, que depende da autorização de Israel. “Pedimos reiteradamente o acesso da ajuda humanitária à Faixa de Gaza através da passagem fronteiriça de Rafah, a partir do Egito, onde os nossos suprimentos urgentemente necessários estão prontos e à espera de serem distribuídos há mais de 72 horas”, disse Al Mandhari a jornalistas no escritório da OMS no Cairo. O especialista, que ocupa o cargo de diretor regional desde 2018, afirmou que “mais de 2 milhões de pessoas continuam sitiadas em Gaza, privadas de toda a ajuda – incluindo o fornecimento de água, alimentos e combustível – e dos seus direitos humanos mais básicos” após o cerco imposto por Israel como punição depois do ataque surpresa do grupo fundamentalista islâmico Hamas em 7 de outubro.

Al Mandhari classificou esta situação como “um exemplo claro de injustiça e uma violação dos padrões internacionais de direitos humanos e do direito humanitário internacional”. Os comboios de ajuda humanitária que se encontravam em Al Arish, capital do norte do Sinai e local designado para descarregar material destinado à Faixa de Gaza, dirigiram-se nesta terça-feira rumo à passagem fronteiriça de Rafah, que leva o enclave palestino, aguardando sinal verde para atravessar, segundo relatou a imprensa egípcia. A passagem de Rafah é a única saída da Faixa de Gaza que não é controlada por Israel, que há mais de uma semana bombardeia o território onde vivem 2,2 milhões de pessoas em retaliação ao ataque surpresa do Hamas. O Egito tinha planejado abrir na segunda a passagem de Rafah para a entrada de ajuda humanitária e a saída de estrangeiros, mas o ministro das Relações Exteriores egípcio, Sameh Shoukry, destacou que Israel ainda não deu permissão para a abertura da fronteira.

*Com informações da agência EFE

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