A 20 dias de eleições, campanhas aceleram e ataques continuam
Marina Silva durante encontro com lideranças indígenas neste domingo (14). De acordo com o jornal Folha de S. Paulo
Marina SilvaA 20 dias do primeiro turno das eleições, as campanhas aceleram.
Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB) têm reuniões nesta segunda com artistas que darão apoio a cada uma delas. A de Dilma é no Rio e a de Marina é em São Paulo. Dilma aproveita a visita ao Rio e visita a Central Única de Favelas.
Aécio Neves (PSDB) faz campanha em Linhares (ES) nesta segunda. À noite, ao lado de Fernando Henrique Cardoso, Aécio participa de jantar em apoio à candidatura de Geraldo Alckmin ao governo de São Paulo.
Na quinta, nova pesquisa eleitoral possivelmente será divulgada pelo Datafolha. Já na terça, uma nova pesquisa Ibope também deve sair.
A Petrobras continuará frequentando o noticiário político-policial. Haverá uma tentativa na quarta da CPI da Petrobras de ouvir o ex-diretor Paulo Roberto Costa. Ainda que ele compareça, é improvável que ele revele tudo que já disse à Polícia Federal, sob o risco de perder seus direitos relativos à delação premiada.
Ataques
As campanhas político-eleitorais estão cada vez mais científicas e os ataques devem continuar na campanha presidencial.
Os comerciais de tom muito crítico só são colocados ao ar após serem testados exaustivamente com grupos de eleitores. Votantes de todas as preferências político-partidárias assistem aos vídeos em salas especiais, onde discutem o conteúdo, em várias capitais do País.
Foi assim com os ataques de Dilma em propagandas que acusavam Marina Silva de dar o controle do Governo aos banqueiros e outro que dizia que a candidata do PSB não usaria o dinheiro do Pré-sal para a educação.
É preciso dosar muito isso porque, quando passa do ponto, as pessoas não gostam de ver políticos se atacando.
De solução a problema?
O principal problema de Dilma Rousseff atualmente é o Nordeste. Há a impressão de que na região o PT sempre teve o domínio absoluto, com grande fascínio pela figura de Lula.
Neste ano, Dilma ainda tem o apoio de 47% dos eleitores nordestinos. Um número considerável, mas, em 2010, a então candidata tinha 63% na região.
Isso pode ser uma tragédia para a petista, que talvez não consiga enfrentar a resistência no Sudeste com os votos nordestinos.
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