À espera da chegada de John Kerry, negociação nuclear com o Irã continua
Viena, 19 nov (EFE).- O Irã e seis grandes potências dedicam esta quarta-feira a reuniões bilaterais em busca de um acordo que garanta que Teerã não desenvolva armas atômicas, enquanto se espera a chegada a Viena do secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry.
A expectativa é que o chefe da diplomacia americana chegue à capital austríaca no final desta semana para somar-se aos contatos que começaram ontem com uma reunião entre o ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Yavad Zarif, e a ex-responsável pela política externa da União Europeia (UE), Catherine Ashton.
Ashton atua em representação do chamado Grupo 5+1, formado pelas cinco potências com direito a veto no Conselho de Segurança da ONU (EUA, Rússia, China, França e Reino Unido) mais a Alemanha.
Fontes do Departamento de Estado dos EUA informaram que não há uma data definitiva sobre “quando chegará o secretário Kerry a Viena no final da semana”.
Por sua vez, fontes da UE indicaram à Agência Efe que hoje acontecerão vários encontros bilaterais. Entre eles uma reunião entre representantes americanos e iranianos, segundo anunciou o Departamento de Estado.
Ainda está por confirmar quando chegarão a Viena os demais ministros das Relações Exteriores dos países envolvidos na negociação.
A Rússia advertiu que a presença do chefe de sua diplomacia, Serguei Lavrov, dependerá de quão boas sejam as perspectivas de alcançar um acordo antes de 24 de novembro.
Essa é a data limite que as partes se deram para fechar negociações que começaram há um ano e cujo objetivo é um acordo que dê garantias que o Irã não pode nem quer obter uma arma atômica em curto prazo, ao mesmo tempo em que lhe assegura seu direito ao uso pacífico da energia nuclear.
Um total de 390 representantes de meios de comunicação acompanha estas negociações, que acontecem em um luxuoso hotel no centro de Viena.
Um pequeno grupo de opositores ao regime iraniano se manifestou hoje perto do hotel para denunciar a negociação com Teerã e acusar seus dirigentes de terrorismo. EFE
as/rsd
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.