Adiamento da criação da CPI da Petrobras foi saída política
O presidente do Senado
Renan Calheiros e o viceFernando Rodrigues, comentarista Jovem Pan, direto de Brasília, diz que a decisão de Renan Calheiros de deixar a questão da criação da CPI Petrobras com a Comissão de Constituição e Justiça foi boa tanto para o Governo, quanto para a oposição.
Foi uma “saída política”, afirma Fernando. O adiamento do veredito dá mais tempo para os políticos da situação juntem forças para evitar que a imagem da presidente Dilma seja minimamente arranhada com um escândalo em ano eleitoral. Seja para barrar a CPI, seja para mostrar que uma investigação já está sendo feita efetivamente por outros órgãos e a CPI é desnecessária. De qualquer forma, há mais tempo para trabalhar politicamente a matéria.
Já do lado da oposição, mesmo que os discursos tenham sido nesta quarta de repúdio à decisão do presidente do Senado, vale lembrar que a Comissão Parlamentar de Inquérito que se propõe pode atingi-la também. Isso porque Renan deixou claro que a CPI pode investigar não só as questões da Petrobras em Pasadena, mas também irregularidades em todos os tipos de estatais pelo País, abarcando casos dos cartéis do metrô em São Paulo e até em Minas e em Pernambuco (com o Porto de Suape), podendo manchar os nomes dos presidenciáveis Aécio Neves e Eduardo Campos.
É, portanto, um tempo para a oposição refletir sobre a utilidade da abertura de uma Comissão tão mista e ampla. Fernando Rodrigues conclui que, se instaurada, a CPI “não vai ser para melhorar as coisas”, mas “só para os políticos se arranjarem e ninguém sair muito prejudicado”.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.