Afeganistão libertará presos que os Estados Unidos consideram uma ameaça

  • Por Agencia EFE
  • 10/01/2014 08h25
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Cabul, 10 jan (EFE).- O Afeganistão anunciou que vai liberar os prisioneiros mantidos pelos Estados Unidos, quando o país dirigia a prisão de Bagram, por falta de provas contra eles, informou a imprensa local nesta sexta-feira.

A agência de inteligência do país asiático considera que 72 dos 88 prisioneiros são inocentes ou pequenos criminosos, de acordo com um comunicado do presidente afegão, Hamid Karzai, recolhido pela televisão local “Tolo”.

A investigação da agência de inteligência afegã concluiu que não existem acusações contra 45 dos detidos. Além deles, 27 presos são acusados de delitos menores e apenas 16 deles são criminosos e supõem uma ameaça.

Karzai deu instruções para que os prisioneiros contra os quais não existem provas sejam libertados, embora não tenha vazado informação, nem a data e nem o número concreto de pessoas que serão liberadas.

Os Estados Unidos se opõem à medida já que consideram estes presos uma ameaça contra a segurança.

“Estes 72 detidos são criminosos perigosos contra os quais existem sólidas evidências que os vinculam com crimes de terrorismo, incluindo o uso de artefatos explosivos improvisados, o maior assassino de civis afegãos”, disse ontem a porta-voz de Departamento do Estado americano, Jen Psaki.

Mais de 600 prisioneiros foram libertados da prisão de Bagram, rebatizada como Parwiz desde que passou para as mãos afegãs em março do ano passado.

Os Estados Unidos e o Afeganistão negociam um acordo militar para a permanência de tropas americanas no país asiático após a retirada das forças internacionais da Otan em 2014.

A Loya Jorga -Assembleia tradicional- aprovou em novembro o acordo, mas Karzai se nega a assinar o pacto até a realização das eleições gerais do próximo ano, enquanto os EUA querem que se rubrique o mais rápido possível.

As tropas internacionais começaram em julho de 2011 a se retirar gradualmente do país e a transferir a competência da segurança ao Exército e Polícia afegãos. EFE

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