África do Sul celebra primeiro “Dia de Mandela” sem o ex-presidente

  • Por Agencia EFE
  • 18/07/2014 14h01
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Nairóbi, 18 jul (EFE).- A África do Sul celebrou nesta sexta-feira o Dia Internacional de Nelson Mandela com uma série de atos que comprovam a força de seu legado, e pela primeira vez sem a presença do herói, morto em 5 de dezembro.

Hoje, Madiba – é conhecido popularmente em seu país – teria completado 96 anos, e seus conterrâneos o celebraram, entre outras formas, dedicando 67 minutos de seu tempo a trabalhos sociais ou de caridade.

Um total de 67 minutos simbólicos de dedicação aos demais que lembram os 67 anos que Mandela lutou contra o regime racista do “apartheid” para conseguir a liberdade de seu povo.

“Não importa quão pequena seja a ação, o Dia de Mandela tenta mudar o mundo para a algo melhor, da mesma forma que fez ele todos os dias”, encorajou a Fundação de Nelson Mandela desde seu site.

Milhares de sul-africanos se uniram a esse chamado e durante o dia todo publicaram fotografias nas redes sociais com a hashtag #MandelaDay (Dia de Mandela), nas quais mostravam como dedicavam esses 67 minutos, quase sempre em ações pelos menos favorecidos.

O presidente da África do Sul, Jacob Zuma, uniu-se a essa iniciativa e dedicou parte de seu tempo a limpar as ruas do país, durante o qual que instou aos cidadãos o mesmo para honrar o legado de Madiba.

“Devemos demonstrar nosso amor por nosso formoso país nos preocupando com a limpeza de nosso entorno”, assinalou em entrevista à agência de notícias sul-africana, “SAPA”.

Além disso, o arcebispo emérito da Cidade do Cabo e Prêmio Nobel da Paz, Desmond Tutu, disse que Mandela contemplava “desde o Céu” como o povo realizava seu legado.

Apesar à perda de Mandela, o passado 5 de dezembro após quase meio ano em estado grave por problemas respiratórios, África do Sul e o mundo inteiro não esquecem ao lutador incansável que, após passar 27 anos na prisão, alcançou derrubar ao regime segregacionista do apartheid.

Assim, além da África do Sul, também se lembrou o Dia Internacional de Nelson Mandela pela paz, a democracia e a liberdade, declarado como tal pela ONU em 2009.

Em Viena está previsto que se projete o filme “Mandela – O caminho para a liberdade” e em Nova York o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, sairá à rua para plantar árvores durante 67 minutos.

O Google também homenageou Madiba com um “Doodle”, versão especial de seu logotipo para comemorar datas especiais, lembrando suas célebres mensagens como “As pessoas certamente aprendem a odiar. E se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar, já que o amor surge de forma mais natural no coração das pessoas que seu oposto”. EFE

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