África do Sul fecha fronteiras para viajantes de países afetados pelo ebola

  • Por Agencia EFE
  • 21/08/2014 13h26

Nairóbi, 21 ago (EFE).- O governo da África do Sul anunciou nesta quinta-feira o fechamento de suas fronteiras aos viajantes procedentes dos países afetados pela epidemia de ebola, em uma tentativa de conter a propagação do vírus, que já matou 1.350 pessoas na África Ocidental.

“Estão totalmente proibidas as viagens dos não cidadãos procedentes destes países de alto risco, a menos que a viagem seja considerada absolutamente necessária”, afirmou o ministro da Saúde, Aaron Motsoaledi, citado pela agência local de notícias “Sapa”.

Além disso, o ministro especificou que todos os sul-africanos que entrarem no país procedentes de Guiné, Libéria e Serra Leoa serão submetidos a um “rigoroso” exame e, caso necessário, serão feitos testes médicos para detectar a presença do vírus.

“Aos cidadãos sul-africanos que desejam viajar para esses países, será solicitado que adiem sua viagem a menos que seja absolutamente essencial”, acrescentou Motsoaledi.

Já as pessoas que entrarem na África do Sul procedentes de países considerados de “médio e baixo risco”, como Nigéria, Quênia e Etiópia, serão submetidas a processos normais de controle, detalhou.

Na Nigéria, onde cinco pessoas morreram por causa do ebola, a Organização Mundial da Saúde (OMS) considera que a transmissão do vírus está contida.

Desde a última terça-feira, o Quênia também proibiu “temporariamente” a entrada no país de pessoas procedentes de Guiné, Serra Leoa e Libéria, em uma tentativa similar de conter a epidemia.

De acordo com o último balanço divulgado hoje pela OMS, essa epidemia já causou a morte de 1.350 pessoas e infectou 2.473 na África Ocidental desde março.

O ebola, que é transmitido pelo contato direto com o sangue e fluidos corporais de pessoas ou animais infectados, causa hemorragias graves e pode ter uma taxa de mortalidade de 90%.

Esta é a primeira vez que uma epidemia de ebola é identificada e confirmada na África Ocidental, pois, até agora, os casos estavam restritos à África Central. EFE

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