Agressor do embaixador dos EUA em Seul é acusado de tentativa de assassinato
Seul, 1 abr (EFE).- A promotoria de Seul acusou nesta quarta-feira, de tentativa de assassinato, Kim Ki-jong, o ativista que apunhalou o embaixador dos EUA na Coreia do Sul, e também apresentou acusações contra ele por violência contra um enviado estrangeiro e obstrução de atividade empresarial.
Embora o acusado tenha alegado que não tinha intenção de matar o embaixador Mark Lippert no ataque de 5 de março, os promotores interpretaram que ele tentou acabar com a vida do americano, levando em conta a natureza do ataque e suas motivações políticas, informou a agência local “Yonhap”.
Após apresentar as citadas acusações, a promotoria assegurou que investigará as atividades de Kim nos últimos anos para decidir se também será acusado de violação da Lei de Segurança Nacional, que proíbe aos sul-coreanos expressar apoio ao regime comunista da Coreia do Norte.
O suposto agressor, de 55 anos, se deslocou à Coreia do Norte sete vezes em 2006 e 2007, e em dezembro de 2011 tratou de fazer em Seul um monumento ao falecido ditador norte-coreano Kim Jong-il.
O julgamento do ativista poderia começar nas próximas duas semanas, embora a data exata ainda não tenha sido revelada.
Kim atacou Lippert no dia 5 de março com uma faca de cozinha de 25 centímetros, e feriu seu rosto e a mão esquerda durante um café da manhã no Centro de Arte Sejong, diante da embaixada americana em pleno centro de Seul.
O embaixador, de 42 anos, recebeu mais de 80 pontos pelas ferimentos que sofreu em cinco lugares diferentes, o mais grave uma incisão de 11 centímetros de comprimento e três de profundidade desde a bochecha direita até o queixo.
Após semanas de recuperação, Lippert retornou ao trabalho e hoje mesmo escreveu uma mensagem em seu blog para confirmar que se encontra bem e para agradecer as mensagens de apoio dos sul-coreanos. EFE
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