Alemanha afirma que nunca se esteve tão perto de um acordo nuclear com o Irã
Viena, 22 nov (EFE).- O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, disse neste sábado em Viena que a possibilidade de solucionar o conflito nuclear com o Irã nunca esteve tão perto, mas insistiu que ainda é necessário que Teerã se movimente para garantir que não há intenções militares em seu programa atômico.
“Após dez anos de longas negociações com o Irã, chega aqui em Viena a hora da verdade. Acho que posso dizer que nunca estivemos tão perto quanto neste instante” de chegar a um acordo, declarou o ministro alemão à imprensa em sua chegada ao hotel vienense onde as grandes potências negociam com o Irã desde terça-feira.
Apesar dessa possibilidade e de os contatos estarem acontecendo em um ambiente “construtivo”, Steinmeier disse que isso não anula o fato de que há diferenças em muitos aspectos e que é o Irã quem deve movimentar suas posturas para chegar a um acordo.
“Por isso, depende de se o Irã reconhece a oportunidade de chegar aqui a um resultado da negociação. Se é assim, é preciso um movimento”, sentenciou o ministro.
Steinmeier indicou que as grandes potências desejam que a negociação tenha êxito, mas que qualquer acordo deve cumprir o objetivo de dar a segurança de que Teerã não tenta desenvolver armas nucleares.
“O Irã deve perceber que nós, que queremos que a negociação tenha êxito, temos que estar seguros que não há nenhum caminho e nenhum retrocesso rumo a um armamento nuclear”, resumiu.
Steinmeier declarou que ainda não está claro se será possível chegar finalmente a um acordo e reconheceu que, por enquanto, há mais especulações que pistas ou sinais concretos.
O ministro disse que é preciso esperar pra ver como se desenvolvem as conversas nos próximos dias e prometeu fazer todos os esforços para conseguir um acordo.
O chamado Grupo 5+1 (formado por China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia, mais a Alemanha) tenta fechar há um ano com Teerã um acordo que dê garantias que o país não pode obter armas atômicas em curto prazo, ao mesmo tempo em que se lhe assegura seu direito ao uso civil da energia nuclear.
Ambas partes definiram a próxima segunda-feira, dia 24, como data limite para chegar a um acordo. EFE
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