Alemanha enaltece acordo que impede Irã de produzir a bomba atômica
Berlim, 14 jul (EFE).- O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, louvou nesta terça-feira o acordo sobre o programa nuclear iraniano, que “descarta de forma segura e verificável” que Teerã consiga desenvolver armas atômicas em um “futuro previsível”.
Steinmeier, que liderou a delegação alemã nas negociações, garantiu para a imprensa em Viena, a capital da Áustria, onde ocorreram as conversas, que está diante de “um dia histórico”, um “momento extraordinário”, porque o acordo “apresenta mais segurança ao mundo, à região e, especialmente, aos vizinhos do Irã”.
Para o ministro alemão, o compromisso alcançado entre Estados Unidos, Alemanha, França, Reino Unido, China, Rússia e Irã “poderia ser um grande passo rumo a um Oriente Médio mais pacífico”.
O texto, acrescentou o chefe da diplomacia alemã, é um “acordo compreensivo sobre as fronteiras do programa nuclear iraniano”, no qual, “ao longo de 100 páginas”, é detalhado minuciosamente o pacto fundamental de abril.
O ministro alemão ressaltou que “tudo que foi acordado será supervisionado ininterruptamente”, pois foi dado início a um “robusto mecanismo” que permite as inspeções que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) precisa realizar durante “25 anos”.
Mais de dois terços das centrífugas serão neutralizadas e ficarão sob supervisão da AIEA, enquanto 95% do urânio enriquecido no país será levado para o exterior ou eliminado.
Steinmeier advertiu que, se Teerã deixar de cumprir os termos do acordo, o Ocidente poderá iniciar novas sanções, “sem a necessidade de uma nova decisão do Conselho de Segurança” das Nações Unidas.
No entanto, o diplomata alemão se mostrou cauteloso: “Nem todos os problemas relacionados com o Irã foram eliminados com este acordo” e “não se pode descartar que os críticos do pacto tentem agora sabotar a implementação do mesmo”. EFE
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