Lula dá toque de emoção à campanha eleitoral ao dizer que tem medo de ser assassinado

Ex-presidente afirma que ouviu de Joaquim Barbosa que poderia sofrer um atentado, mas diz que é um homem de muita fé

  • Por Álvaro Alves de Faria
  • 23/03/2022 13h22
Alfredo Estrella/AFP - 03/03/2022 O ex-presidente brasileiro (2003-2011) Luiz Inácio Lula da Silva gesticula enquanto fala durante um fórum no Senado mexicano na Cidade do México Ex-presidente Lula afirmou que tem medo de ser assassinado durante a campanha eleitoral

Luiz Inácio da Silva decidiu dar um tom de dramaticidade à sua campanha eleitoral. Tudo jogo calculado. O que vem de Lula não pode ser levado a sério. Ele mesmo provou que não presta, como se viu nos seus dois governos e seguido, depois, por Dilma Rousseff. Luiz Inácio anda fazendo discursos, sempre para plateias amigáveis, afirmando que teme ser assassinado na campanha. Diz que anda preocupado com essa possibilidade, em entrevista à rádio Espinharas, da cidade de Patos, na Paraíba, na terça-feira 15, e repercutida na Jovem Pan News. Empolgado, Lula adiantou que foi alertado em fevereiro pelo ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa, que preferiu abandonar a vida pública, embora esteja sendo cortejado por alguns partidos para se candidatar à Presidência.

Nessa ocasião, Barbosa disse que Lula poderá sofrer um atentado por apoiadores de Bolsonaro. Lula concordou, dizendo estar preocupado porque “Bolsonaro gosta de violência”. Mais empolgado, Lula destacou a proximidade de Bolsonaro com os milicianos que, “quem sabe não mataram a Marielle?”. Luiz Inácio observou que todo mundo sabe que tipo de político é Bolsonaro. De acordo com Lula, trata-se de um cidadão que não é capaz de fazer um gesto pela educação, de fazer um gesto para combater a Covid, não gosta de sindicatos, de mulheres, quilombolas, negros, estudantes. “Ele só gosta de violência, o negócio dele é a relação apodrecida com uma parte dos milicianos”, disse Lula. Afirmou ainda que está mesmo preocupado em ser morto, mas que é um homem de muita fé.

Depois, pulou para a política, dizendo acreditar que o povo brasileiro vai dar um golpe no país e restabelecer a democracia. “Será a morte política de Bolsonaro pelas mãos dos eleitores”, observou, e voltou a falar sobre o atentado que poderá sofrer. Em outras palavras, colocou na campanha esse tom dramático que ele conhece muito bem, já que é feito de farsas que o povo esquece facilmente. Nada falou sobre seu passado e dos assaltos ao dinheiro público. Isso não está interessando a ninguém. E é verdade mesmo. Os petistas ignoram a corrupção vergonhosa nos governos do PT e se apresentam mais uma vez como a salvação do país. Então teremos mais esse ingrediente na campanha eleitoral, a preocupação de Lula. Mais uma daquelas alucinações de sempre, de alguém que passa por cima de tudo para alcançar seus objetivos. Preso por corrupção, foi solto por um golpe do Supremo Tribunal Federal. E está aí livre e saltitante. E agora com esse toque de emoção na campanha eleitoral. Poderá ser assassinado, mas diz que continuará em frente. É demais para a cabeça de qualquer um. 

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