Lula diz que não tem problema nenhum com os militares, mas Brasil tem um problema com Lula
Atento à insatisfação de alguns oficiais da ativa com Bolsonaro, presidente espalha que tem as portas abertas nas Forças Armadas a fim de viabilizar sua vergonhosa candidatura
Luiz Inácio da Silva, preso por corrupção e solto por manobra do STF, está fazendo de tudo para se aproximar dos militares, especialmente da ativa. Os calhordas nunca desistem. Lula não o faz pessoalmente. Tem sempre alguém para ajudar. Tem usado alguns interlocutores bem manjados para fazer essa ponte. Ele quer contato, especialmente, com militares de alta patente. Mas quem exatamente o ex-presidiário está procurando? O petista quer se aproximar dos oficiais da ativa que não concordam com Bolsonaro, especialmente devido às críticas constante que o atual presidente faz ao STF e pela neura de modificar o voto eletrônico. Muitos altos oficiais das Forças Armadas não aguentam mais essa conversa. Lula anda dizendo em todo lugar que ainda consegue frequentar as Forças Armadas, que, durante os seus dois mandatos, nunca teve problema algum com os militares, muito pelo contrário. Sempre houve um clima de bem-estar nessa área. Garante que isso vai continuar, se for eleito. E já quer falar agora sobre o assunto com os oficiais de alta patente.
Quem não está gostando dessa conversa é aquele partido chamado PT, que levou o país ao fundo do poço com uma corrupção que nunca havia se visto na humanidade, com seu chefe presidente da República. Roubou-se demais. Roubar passou a ser um exercício oficial dos petistas. Traíram a própria vida para roubar o país. Lula quer essa aproximação, mas não diz o que fará com os mais de 6 mil militares que têm cargo no governo Bolsonaro. Evita tocar no assunto. Como o presidente da República, o petista tem criticado a ideia de uma terceira via para concorrer à presidência em 2022. Bolsonaro diz que não existe terceira via no país. Lula diz o mesmo. Parece que combinaram. Bolsonaro garante que seu adversário é Lula. E Lula garante que seu adversário é Bolsonaro. Os dois dizem que não existe, atualmente, nenhum nome capaz de conquistar a simpatia da população. Essa ideia de terceira via é uma invenção de partidos que não têm candidato, acredita o ex-líder sindical.
Luiz Inácio não gosta do termo “polarização”. Ele defende que “de um lado é a democracia, do outro é o fascismo”. Recentemente. o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), usou as redes sociais e postou uma bela tirada. É a seguinte: “O sonho de Lula é disputar a presidência apenas com Bolsonaro. O sonho de Bolsonaro é disputar apenas com Lula. E o sonho dos brasileiros é que os dois percam a eleição”. Comendo pelas beiras está Ciro Gomes (PDT), tentando ser ele a terceira via. Se conseguir, vai ser dureza. Ciro já tem seu mantra para repetir nos seus discursos, dizendo que ninguém é obrigado a escolher entre as contradições de Lula e as maldades de Bolsonaro. Dizem as más línguas que esse tom foi criado por João Santana, ex-marqueteiro do PT, também corrupto, contratado por Ciro Gomes. O quadro atual é esse. Muita coisa pode mudar. O que mais sobressai é Lula querer se aproximar dos oficiais das Forças Armadas. Ele não falou uma única palavra sobre a ameaça de golpe feita pelo ministro da Defesa, general Braga Netto, ao dizer que, sem voto impresso não haverá eleição em 2022. Lula ficou quietinho, como convém àqueles que fazem qualquer negócio para ficar bem na fotografia. E nisso ele é especialista.
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