Moro foi vítima da quadrilha que age no Judiciário, mas não está morto como os corruptos pensam
Ex-juiz decidiu enfrentar os criminosos poderosos do país que roubaram de maneira inacreditável; possível candidatura dele como terceira via é uma luz no fim do túnel
Dizem que o ex-juiz Sergio Moro morreu. Desapareceu do mundo. Será mesmo verdade? Há sinalizações de que alguma coisa está ocorrendo nas discussões políticas brasileiras. O buraco que se abre somando a rejeição a Bolsonaro e a Luiz Inácio da Silva dá para eleger outro candidato. A sociedade está demonstrando que não deseja nenhum dos dois na Presidência da República do Brasil mais uma vez. O país não suportará um governo de qualquer um deles. Mas onde está essa terceira via, meu Deus? Onde está? O Supremo Tribunal Federal conseguiu acabar com tudo, incluindo a Lava Jato, para a infelicidade do país. Nunca os grandes corruptos brasileiros foram combatidos como no tempo da Lava Jato, que já é apenas uma lembrança. Nunca. Os corruptos poderosos foram para trás das grades, especialmente o corrupto-mor, um ex-presidente, aquele que nunca sabia de nada e hoje tem uma vida de milionário, solto que foi da cadeia pelo STF, numa manobra indecente que não pode caber mais num país que se deseja sério e honesto. O STF não entende assim. Decisivamente, o STF está do lado dos bandidos.
Luiz Inácio da Silva é inocentado de todas as acusações. Ele deve ser mesmo o político mais honesto do Brasil, como disse certa vez, quando o cerco começou a imobilizar as ações criminosas do ex-presidiário, aquele que, no poder, traiu a própria vida. De quebra, o STF exterminou o ex-juiz Sergio Moro, aquele que decidiu enfrentar os criminosos poderosos do país que roubaram de maneira inacreditável. Nunca se roubou tanto no Brasil como nos governos do PT. E Lula ainda é chamado de líder da esquerda brasileira. Para ter Lula como líder, tem que ser uma esquerda muito vagabunda e asquerosa. Mas o ex-juiz Sergio Moro, vítima dessa quadrilha que age no Judiciário, não está morto como muitos corruptos pensam. Não está. Sergio Moro continua decidindo seu destino, o que significa ser candidato em 2022, para temor de muitos ladrões do dinheiro público.
Sergio Moro deve decidir sua vida em outubro ou novembro. Faz um ano que ele trabalha na Consultoria Alvarez & Marsal. Deixar essa empresa agora significa uma pesada multa que ele não tem condições de pagar. Mas pode sair depois de um ano de trabalho, o que acontecerá no mês que vem, outubro. Sergio Moro vive hoje com a família nos Estados Unidos. Pelo menos saiu do Brasil para ter um pouco de paz e não ver de perto o que acontece por aqui. No entanto, um grupo de políticos sérios está trabalhando por sua candidatura em 2022. Moro deve se filiar ao partido Podemos. Aos poucos esse caminho para 2022 começa a ser trilhado, sem alarde, para não acordar os inimigos do país que querem continuar na vida fácil da corrupção brasileira. O que se discute ainda é se Sergio Moro aceitará ser candidato à Presidência da República ou ao Senado. Ele tem conversado muito com integrantes do Podemos sobre o assunto. Tudo vai depender do apoio que receber. Mas os inimigos do ex-juiz ainda manobram para evitar sua candidatura a qualquer cargo eletivo.
O senador Álvaro Dias (Podemos) afirma que o país sabe muito bem porque Moro deixou o ministério da Justiça do governo Bolsonaro. O senador observa que no Brasil, o nome de Sérgio Moro começa a ganhar força como a chamada terceira via para as eleições presidenciais, mas sem muita visibilidade. Outro senador do Podemos, Oriovisto Guimarães, observa que é preciso acabar com essa ideia de que ou é candidato da esquerda ou é candidato da direita, observando que a terceira via tem de vir do centro esclarecido. E o nome é o de Sergio Moro. O senador observa que milhões e milhões de brasileiros não desejam nem Luiz Inácio da Silva nem Jair Bolsonaro. Diz que o grupo de políticos sérios do Brasil acredita que Moro pode ser mesmo o nome alternativo na eleição presidencial. De acordo com aliados de Sergio Moro, antes de resolver sua vida, ele quer esperar o relatório final da CPI da Covid. Acredita que terá, então, subsídios valiosos para elaborar seu discurso quando voltar ao Brasil. Como se vê, nem tudo está perdido. Há, ainda, uma pequena luz no fim do túnel. Que essa luz não se apague.
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