Analistas apontam retração de 2,06% do PIB e reduzem previsão de inflação

  • Por Agencia EFE
  • 24/08/2015 10h38

Brasília, 24 ago (EFE).- Os analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central aumentaram a previsão de retração da economia em 2015, que será de 2,06%, apesar de terem melhorado a expectativa com relação ao IPC, que ficaria em torno de 9,29%.

O “Boletim Focus”, publicação semanal que inclui uma pesquisa com cem analistas do setor privado, reduziu, além disso, sua previsão de crescimento em 2016 do Produto Interno Bruto (PIB) para -0,24 %, contra -0,15% apontado na semana passada.

No caso da economia neste ano, a previsão de que contrairá 2,06% em 2015 agrava ligeiramente as projeções que os analistas manejavam até na semana passada, que apontavam a uma contração de 1,97%, o que seria o pior resultado desde 1990, quando o PIB brasileiro teve uma queda de 4,35%.

Quanto à inflação, os analistas consolidam a mudança de tendência em suas expectativas iniciada na semana passada, quando pela primeira vez em 17 semanas as previsões não aumentaram e se mantiveram em 9,32%, e consideram que ao longo do ano os preços aumentarão 9,29%, o que em qualquer caso excede tanto a meta oficial do governo, de 4,5%, como seu teto máximo, que é de 6,5%.

Se este cálculo se confirmar, seria o pior resultado registrado desde 2002, quando a inflação alcançou 12,53%.

Para o próximo ano, no entanto, a previsão atualizada do IPC foi pior do que a registrada na última análise, já que passa a ser de 5,5%, contra 5,44% apontados na segunda-feira.

Sobre a taxa básica referente para as taxas de juros, os analistas mantiveram seu cálculo que estabelece que o ano terminará nos atuais 14,25%, a mesma pela terceira semana consecutiva, e que seria a mais alta em nove anos.

Para 2016, a previsão é que as taxas de juros voltem a se situar em 12% de há duas semanas, que foi reduzida há sete dias até 11,88%.

Em relação à moeda, os especialistas calcularam que terminará neste ano cotada a R$ 3,48 por dólar, um valor similar ao registrado nos últimos dias, por isso que é de esperar que já não sofra grandes oscilações nos próximos meses, apesar dos analistas apontarem que em 2016 sua cotação alcançará os R$ 3,6 por dólar.

Os analistas também mantiveram suas previsões para a balança comercial deste ano com um saldo de US$ 8 bilhões, enquanto no próximo ano se situaria em US$ 16,8 bilhões. EFE

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