Anne Sinclair, ex-mulher de Strauss-Kahn, sai em defesa de François Hollande
Paris, 30 jan (EFE).- A jornalista francesa Anne Sinclair, ex- mulher do antigo diretor-gerente do FMI Dominique Strauss-Kahn, assegurou que a população não têm por que pedir explicações ao presidente François Hollande, já que sua vida particular não interfere na sua função pública.
Anne Sinclair também foi capa de jornal quando seu ex-marido se envolveu em processo midiático e judicial após ter sido acusado de agressão sexual contra uma funcionária de um hotel em Nova York.
“Acho que não devemos julgar uma pessoa pública por suas histórias privadas, por suas aventuras sentimentais. Não nos cabe”, afirmou na rádio “Europe 1” em referência ao romance atribuído a Hollande com a atriz Julie Gayet, que ocasionou em sua separação com a até então primeira-dama, Valérie Trierweiler.
Para Anne Sinclair, diretora editorial da edição francesa do jornal digital “The Huffington Post”, embora um chefe do Estado “deva ter uma vida bastante transparente, sempre e quando não influa na sua vida pública, não temos por que pedir contas”.
O escândalo foi estampado na capa da revista especializada em famosos “Closer” em 10 de janeiro, que publicou uma reportagem e diversas fotografias com as quais tentava provar que Hollande mantinha uma relação amorosa com a atriz.
“Nem sequer era uma exclusiva. Eram fotos onde não se reconhecia ninguém. A novidade foi que se tratava do presidente pela primeira vez como uma estrela do espetáculo. Ele fez o que até agora era reservado a Vanessa Paradis, Johnny Hallyday ou a família de Mônaco, fosse qual fosse o impacto sobre a vida nacional”.
“Não me surpreendeu. Já sabemos como é esse tipo de imprensa”, declarou ela, lembrando as “intenções comerciais” da revista, e como o resto dos veículos de comunicação abordaram o tema de maneira mais ou menos “digna e sóbria”.
Anne ressaltou que ninguém pode saber o que acontece na intimidade de um casal, e sem querer se pronunciar sobre Valérie Trierweiler, afirmou que se ela decidiu pôr entre parêntese sua carreira profissional durante o casamento com Strauss-Kahn foi por razões “de liberdade e de ética profissional”. EFE
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