Após anos de resistência, Pentágono condecora vítimas de Fort Hood

  • Por Agencia EFE
  • 10/04/2015 15h12
  • BlueSky

Washington, 10 abr (EFE).- As vítimas do tiroteio na base militar americana de Fort Hood, no Texas, em 2009, que deixou 13 mortos, foram condecoradas nesta sexta-feira após anos de resistência do Pentágono em conceder esta distinção por motivos burocráticos.

Quase meia centena de sobreviventes e familiares das 13 vítimas daquele ataque receberam a Medalha Purple Heart (Coração Púrpura), reservada para aqueles que foram feridos no campo de batalha, ou a Medalha da Liberdade (condecoração do Departamento de Defesa para civis).

Em novembro de 2009, o major Nidal Hassan, um psicólogo que trabalhava na base militar, disparou contra seus colegas, segundo ele, porque queria defender o talibã e evitar que esses soldados fossem enviados no Afeganistão.

O Pentágono classificou o tiroteio como “violência no centro de trabalho” porque Hassan também era militar, e não havia evidências de que tivesse sido diretamente instruído por nenhuma organização terrorista estrangeira.

No entanto, o ataque foi considerado mais tarde um ato terrorista inspirado em uma organização jihadista.

Hassan foi condenado à pena de morte em agosto de 2013 pelo ataque, que ainda deixou 32 feridos.

Os sobreviventes tinham pedido desde 2009 que o ataque fosse considerado um atentado terrorista, para desse modo pudessem receber as condecorações militares e civis, além de benefícios de saúde e indenizações.

O Pentágono não queria conceder as condecorações porque elas não se ajustariam aos pressupostos tradicionais para receber as medalhas, assim como para evitar interferir no julgamento de Hassan.

O Pentágono só decidiu ceder mês passado, e mudou os requisitos para outorgar as condecorações para os feridos em combate, especialmente depois de o Congresso acrescentar à legislação uma permissão para honrar as vítimas de atos terroristas. EFE

  • BlueSky

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.