Arábia Saudita conclui investigações sobre queda de guindaste em Meca
Riad, 15 set (EFE).- As autoridades sauditas concluíram as investigações sobre a queda de um guindaste na semana passada na cidade santa de Meca, que deixou mais de cem mortos e centenas de feridos, informou nesta terça-feira a agência de notícias “SPA”.
Pelo menos 107 pessoas morreram e 238 ficaram feridas depois que o guindaste caiu no interior da Grande Mesquita da cidade de Meca, o lugar mais sagrado do islã, na sexta-feira passada.
O comitê encarregado das investigações indicou que não há suspeita de responsabilidade criminal no fato, já que a causa principal da queda do guindaste foram os fortes ventos.
Segundo as investigações, o guindaste estava mal posicionado, transgredindo as instruções de uso, que requerem que o braço principal deste aparelho fique abaixado quando não esteja sendo usado ou em caso de fortes ventos, mas estava erguido no momento da tragédia.
Além disso, se detectou a falta de acompanhamento do estado do tempo por parte dos responsáveis da segurança do projeto e a falta de medição da velocidade do vento quando o guindaste foi usado.
Por essas razões, entre outras, o comitê de investigação recomendou responsabilizar parcialmente do ocorrido a empresa prestadora de serviços saudita Holding Bin Laden e revisar todos os demais guindastes usados nas obras.
Por sua parte, o rei saudita, Salman bin Abdulaziz, ordenou o envio dos resultados do comitê à Procuradoria Geral do país para que investigue a Holding Bin Laden, que poderia ser acusada formalmente pelos erros supostamente cometidos.
Além disso, o monarca ordenou o pagamento de uma compensação equivalente a US$ 266 mil à família de cada um dos mortos ou feridos com uma lesão permanente, e a metade dessa quantia à de cada ferido, sem que renunciem ao direito de exigir indenizações posteriormente.
O guindaste, que causou a tragédia ao romper o teto e traspassar ao interior da mesquita, era usada nas obras que se realizam para restaurar e ampliar a Grande Mesquita de Meca há quatro anos. EFE
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