Arábia Saudita dá aval a acordo nuclear com Irã após reunião com Obama

  • Por Agencia EFE
  • 17/07/2015 18h05
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Washington, 17 jul (EFE).- O ministro de Relações Exteriores da Arábia Saudita, Adel al Jubeir, se reuniu nesta sexta-feira com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, para falar de segurança no Oriente Médio e do acordo nuclear com o Irã, que inquieta rivais árabes sunitas, com os sauditas à cabeça.

A Casa Branca indicou em comunicado que o representante saudita deu as boas-vindas ao acordo estipulado entre o G51 e o Irã para limitar o programa nuclear do país persa a fins pacíficos.

Al-Jubeir e Obama reconheceram que “uma vez implementado em sua totalidade, o acordo bloqueará o caminho do Irã rumo a uma arma nuclear e garantirá de maneira verificável que seu programa nuclear tem fins exclusivamente pacíficos”, informou a nota.

A Arábia Saudita se mostrou publicamente favorável ao acordo diplomático com o Irã, apesar de ser o maior rival iraniano na região e apoiar grupos opostos no Iêmen e na Síria.

Em privado, os sauditas se mostram contrários à suspensão das sanções econômicas ao regime xiita dos aiatolás, por considerar que o “Irã quer mudar o Oriente Médio, e isso é inaceitável para os sunitas”, indicou uma fonte diplomática saudita ao “Washington Post” nesta semana.

Obama conversou hoje com Al-Jubeir sobre a situação de segurança no Iêmen e a batalha contra o Estado Islâmico (EI) na Síria e no Iraque, e sobre “os esforços para fortalecer os vínculos entre os dois países e melhorar as capacidades de segurança sauditas”.

Na próxima semana, o secretário de Defesa americano, Ash Carter, viajará para Israel e Arábia Saudita para acalmar seus dois aliados que mais inquietação mostraram com o acordo nuclear com o Irã.

Carter viajará com ofertas de mais ajuda militar e cooperação em segurança com Israel e Arábia Saudita, que afirmaram temer um Irã com mais capacidade para apoiar grupos xiitas em toda a região, entre eles os considerados terroristas.

Al-Jubeir, que nesta quinta-feira se reuniu com o secretário de Estado, John Kerry, também repassou com Obama a crise no Iêmen, e ambos pediram com urgência um cessar das hostilidades e a abertura de canais humanitários.

A Arábia Saudita lidera uma coalizão de países árabes no Iêmen, que conta com a contribuição dos Estados Unidos, para combater os rebeldes houthis, lado apoiado pelo Irã, que tomaram a capital Sana e agora tentar controlar Áden, enclave fiel ao governo iemenita deposto. EFE

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