Astrônomos descobrem 3 gigantescos buracos negros a 4 bilhões de anos luz

  • Por Agencia EFE
  • 26/06/2014 10h12
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Sydney (Austrália), 26 jun (EFE).- Um grupo internacional de astrônomos descobriu três enormes buracos negros, cujo tamanho supera em bilhões a massa do Sol, a uma distância de aproximadamente 4 bilhões de anos luz da Terra, informou o cientista Ian Heywood, um dos coordenadores do estudo.

“Os sistemas de múltiplos buracos negros supermaciços são raros”, disse Heywood, astrônomo da Organização de Pesquisa da Comunidade Científica e Industrial (CSIRO), em entrevista à rede australiana “ABC”.

A equipe liderada por Roger Deane, da Universidade de Cape Town, na África do Sul, descobriu o novo sistema de três buracos negros a partir de quatro observatórios internacionais interligados para operar como um poderoso telescópio.

Os pesquisadores se concentraram na distante galáxia SDSS J1502+1115, onde descobriram que dois dos três buracos negros supermaciços estavam separados apenas por uma distância de 456 anos luz, e que orbitavam entre si.

A velocidade da órbita desses dois corpos que formam uma espécie de sistema estelar binário supera em 300 vezes a velocidade do som na Terra, segundo o astrônomo.

A descoberta, que representa o sistema mais estreito que se conhece até o momento, ajudará a entender como esses corpos se fundem e influem na evolução das galáxias, afirmou Heywood.

Os sistemas de órbita estreita como o descoberto pela equipe de Dean são uma das fontes primárias das ondas gravitacionais, segundo a teoria da relatividade geral de Albert Einstein.

Além disso, os estudos sugerem que as grandes galáxias têm um buraco negro em massa no centro, embora somente se descobriram algumas poucas delas, por isso essa descoberta publicada no último número da revista “Nature” sugere que são mais comuns do que se acredita.

Heywood explicou que seria muito estranho que os três buracos negros se fundissem entre si e o mais provável é “que um dos buracos negros seja expulso do sistema para que os outros dois se assentem em uma órbita mais estável e eventualmente se unam”. EFE

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